segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Oi meu povo!

Fim de domingo, semana prestes a começar e a gente torrando de calor aqui pelas bandas de Pernambuco. Tudo bem que isso aqui é uma terra "quentura", mas não precisa levar isso ao pé da letra e "torrar a gente viva". Vote! Nesse momento não corre uma brisa sequer para amenizar o calorão.

E vocês como estão?

Espero sinceramente que bem.

Mas se algum daqueles que estiverem lendo essas "mal traçadas linhas" não estiver tão bem assim ou passando por algum momento difícil, continue lendo porque é disso que vamos falar hoje: dos momentos de dificuldades.

Só um doido em sã consciência diria: eu adoro sofrimento ou momentos difíceis.

Vamos ser sinceros: por mais que a gente saiba que esses momentos são importantes e servem para o nosso crescimento, no fundo a gente torce para não passar por eles.

Acho até que muita gente se torna religiosa para ver se "Deus o livra do pecado e da dor" que pode ser em si mesmo ou naqueles que lhe são caros e próximos. Vira "beato" de centro, de igreja, de terreiro, oferta religiosamente o dízimo (até com 10% a mais como gorjeta pro Homem lá de cima), desde que ele faça com que a nossa vida seja "um mar de rosas", que voemos "em céu de brigadeiro" no jargão aeronáutico.

Mas, ai é inevitável. A dor chega e nas mais diversas formas.

Pode ser numa doença que acomete o nosso corpo.

Na perda de um emprego.

Na morte de um ente querido.

No adoecimento de alguém, amigo ou parente, que queremos bem.

E ai, aquele que antes se dizia devoto, fiel, crente, defensor ardoroso desse ou daquele credo ou dogma começa a se desesperar e a brigar com o Homem lá de cima:

"Como é que é isso, Deus? Eu pago meu dízimo certinho, todo mês. Eu frequento todo dia o centro espírita lá perto de casa. Eu faço campanha da caridade. Eu sou devota de Maria. Eu cuido da quermesse que traz dinheiro pra igreja todo ano. Eu dou passe e trabalho na mediúnica socorrendo os espíritos infelizes. Eu sigo a palavra, nem assisto mais televisão que é coisa do demônio e o Senhor não me livra do sofrimento? O Senhor deixou meu filho virar um viciado? O Senhor me deixou pegar essa doença? O Senhor deixou matarem meu filho, meu marido, meu pai?"

E ai começa a "peleja do diabo com o dono do céu", como diz a música.

O mais interessante é que essas indagações e revoltas, na grande maioria dos casos, são de pessoas ditas cristãs. Ora, se são cristãs é porque são seguidoras do Cristo. E se são seguidoras do Cristo elas também sabem que se tem uma coisa da qual o Mestre não fugiu e não deixou de ter foi dor. Ora, se ele que não tinha nem um pedaço de cutícula de carma para queimar passou pela danação que passou, porque é que nós, que ainda estamos cheios de mazelas, de erros, de orgulhos, vaidades e egoismo dentro do coração e fazemos besteira todo dia, não vamos ter que passar pelas nossas provações?!

O mais interessante também é que todo mundo adora cultuar a imagem de Jesus na cruz, ali pendurado, todo estropiado, coitado. Tem gente que até que tem uma daquelas que a imagem parece estar viva dentro de casa. Mas, na hora que quem tem que carregar a cruz é ele mesmo, ai é um tal de Deus nos acuda, e tome querer abrir de carreira para fugir dela. Parafraseando uma colocação feita por um amigo espiritual lá de onde trabalho: ninguém quer carregar o seu "cabide de problemas", mas sim, deixá-lo na igreja, no templo, no centro espírita ou de umbanda para que os outros o carreguem!!!

Me lembrei agora da passagem em que Jesus perguntou para a mulher que queria que os filhos fossem privilegiados entre os seguidores Dele, se os jovens tinham condições de "sorver o cálice que ele sorveria". Porque ele sabia que quem quisesse segui-lo teria que passar por momentos difíceis motivados pela necessidade de "drenar" todo o primarismo existente em si, toda a dureza de coração, para deixar brotar o homem mais cristão e humanizado. Mas, como sempre, a gente só quer se ater àquela parte da homilia quando o sacerdote diz: "que Jesus foi crucificado para retirar todos os nossos pecados e nos livrar da dor". Essa parte é boa e a gente gosta sempre de repetir, né?!

Pois é.

Sabe qual é o problema?

É que a gente ainda não entendeu Jesus não veio nos "tirar a dor", mas sim nos ensinar como passar por ela, como fazer para suportá-la. Com resignação, esperança, fé, as vezes até com alegria porque quando a dita cuja chega é sinal de que alguma coisa está sendo depurada em nós, mudada, modificada. Que tá na hora da gente dar um passo à frente, aprender algo, alterar algum rumo.

Na Doutrina Espírita, que faz parte da minha vida já há alguns anos, a gente aprende que a "dor é o momento do crescimento". E como todo crescimento, inevitavelmente, isso dói. Quando a gente está crescendo, na fase infantil, não sentimos dor nas articulações da perna por causa do "espichamento dos membros" (eu tinha muitassss dores quando era menina)? Pois é. A mesma coisa acontece quando o crescimento precisa ser em nível moral.

E antes que alguém diga que "espiritismo faz apologia da dor" porque diz que quem sofre é porque está se depurando, digo logo: nada a ver. Porque sofrimento que não gera transformação para melhor, mudança de atitudes, de rumos de vida, de formas de ser e de pensar, não fez nada. Quem sofre com raiva porque tá sofrendo, também não tá fazendo nada por si. Tá só perdendo energia e tempo.

Hoje em dia há uma palavrinha muito em voga para identificar as pessoas que sabem administrar as pressões da vida. Chama-se resiliência. Para quem não sabe o que ela significa ai vai o significado segundo a Wikipedia:

"Resiliência ou resilência é um conceito oriundo da física, que se refere à propriedade de que são dotados alguns materiais, de acumular energia quando exigidos ou submetidos a estresse sem ocorrer ruptura. Após a tensão cessar poderá ou não haver uma deformação residual causada pela histerese do material - como um elástico ou uma vara de salto em altura, que verga-se até um certo limite sem se quebrar e depois retorna à forma original dissipando a energia acumulada e lançando o atleta para o alto. (...)

(...) Atualmente resiliência é utilizado no mundo dos negócios para caracterizar pessoas que têm a capacidade de retornar ao seu equilibrio emocional após sofrer grandes pressões ou estresse, ou seja, são dotadas de habilidades que lhes permitem lidar com problemas sob pressão ou estresse mantendo o equilibrio".

Ou seja, no caso do nosso papo de hoje, ter resiliência é passar pelas adversidades sem deixar "se quebrar por elas". É passar pela dor e tirar dela o aprendizado fazendo como a vara de salto em altura que enverga até o chão, mas não se parte, ou seja, não se desespera, não se revolta, não perde a fé.

Quem tem resiliência não perde a alegria de viver, mesmo tendo alguns momentos tristes. Mantêm a fé e a confiança, a esperança de que "isso também passa".

Independente de qual seja o nosso credo o importante, para quem tiver tido a paciência de ler esse texto até o fim, é saber que "depois da tempestade sempre chega a bonança".

As grandes mudanças em nossas vidas podem acontecer depois desses momentos complicados se soubermos aproveitá-los, tirar deles os aprendizados, ou seja fazer a pergunta certa: o que esse momento de dor está querendo me ensinar, me dizer? O que tenho que aprender?

Sofrimento para ser útil tem que ter nossa participação ativa e consciente para superá-lo, ai sim, acontece o aprendizado que vai fazer a diferença na nossa vida daí pra frente.

Volto a dizer: dor não é um troço bom.

Eu mesma não gosto. Tenho um medo dela "que me pelo", como dizemos aqui no nordeste. Ela incomoda, envelhece e machuca, sim. E não é porque sei que somos espíritos eternos que não a temo. Dor nunca foi comigo, confesso.

Porém, já que é inevitável passar por ela, pelo nosso estado evolutivo atual, que pelo menos nossas orações ao Homem lá de cima sejam: "Senhor, se não posso me afastar do cálice, pelo menos me dê forças de sorvê-lo até o fim sem revolta e tirar dele o aprendizado que vai fazer meu espírito se transformar num ser humano melhor".

Esse ultimamente, tem sido o teor das minhas orações com o Homem lá de cima.

Desejo a vocês uma semana cheia de esperança, força, coragem e fé, muita fé.

Bjs, Alexandra Torres (Recife)

sábado, 25 de fevereiro de 2012

OPINIÃO DE DIVALDO FRANCO SOBRE A ENXURRADA DE LIVROS "ESPÍRITAS" NO MERCADO

untitledSegue trechos da entrevista de Divaldo Franco do livro Conversando com Divaldo Pereira Franco editado pela Federação Espírita do Paraná sobre as obras espíritas.
FEP: O movimento espírita tem sido invadido por uma enxurrada de publicações que trazem a informação de serem mediúnicas. Temos visto que os dirigentes, vários deles, não utilizam qualquer critério de seleção doutrinária. O que nos aconselha?
Divaldo: "O nosso pudor em torno do Index Expurgatorius da Igreja Romana leva-nos, sem nos darmos conta, a uma tolerância conivente. Como não nos é lícito estabelecer um mapa de obras que mereçam ser estudadas em detrimento daquelas que trazem informações inautênticas em torno dos postulados espíritas, muitos dirigentes, inadvertidamente, divulgam obras que prejudicam mais a compreensão do Espiritismo do que aclaram.
É muito comum dizer: mas é muito boa! Mas, muito boa, porém não uma obra espírita e no que diz respeito à mediunidade, a mediunidade ficou tão barateada, tão vulgarizada, que perdeu aquele critério com que Allan Kardec a estuda em “O Livro dos Médiuns”.
O médium é médium desde o berço. Os fenômenos nos médiuns ostensivos começam na infância e quando têm a felicidade de receber a diretriz da Doutrina, torna-se o que Chico Xavier denominava com muita beleza: mediunidade com Jesus. O que equivaleria dizer: a mediunidade ética, a mediunidade responsável, criteriosa, a mediunidade que não se permite os desvios do momento, os modismos.
Mas a mediunidade natural pode surgir em qualquer época e ela surge como inspiração. O indivíduo pode cultivá-la, desenvolve-la naturalmente.
Vem ocorrendo uma coisa muito curiosa, pela qual, alguns espíritas desavisados, de alguma maneira, são responsáveis: se o livro é de um autor encarnado, não se lê, porque como se ele não tivesse autoridade de expender conceitos em torno da Doutrina. Mas, se é um livro mediúnico, ele traz um tipo de mística, de uma chancela, e as pessoas logo acham que é o máximo. Adotam esse livro como um Vade Mecum, trazendo coisas que chocam porque vão de encontro aos postulados básicos do espiritismo.
Entra agora uma coisa que é profundamente perturbadora: o interesse comercial. Vender o livro sob a justificativa de que as Casas Espíritas necessitam de recursos. Para atender as necessidades, vendem obras de autoajuda, de esoterismo, de outras doutrinas, quando deveríamos cuidar de divulgar as obras do Espiritismo, tendo um critério de coerência.
Quando visitei Paris pela primeira vez, em 1967, eu fui ver e conhecer a Union Spirite Française que ficava na Rua Copernique, número 8. Era período de férias, agosto a setembro, praticamente a Europa fecha-se e a França, principalmente. A Union estava fechada. Chamou-me a atenção as vitrinas que exibiam obras: não tinha uma espírita. Eram obras esotéricas, eram obras hinduístas, eram obras de Madame Blavatsky. São todas respeitáveis, mas não temos compromisso com elas. O nosso compromisso é com Jesus e com Kardec, sem nenhum fanatismo e sem nenhuma restrição pelas outras obras, que consideramos valiosas para cultura, para ampliação do entendimento. Mas, temos que optar por conhecer a Doutrina que professamos.
Verificamos, neste momento, essa enxurrada perniciosa, porque saem mais de cinqüenta títulos de obras pseudomediúnicas por mês, pelo menos que nos chegam através dos catálogos, tornando-se impossíveis de serem lidas. O que ocorre? Eu recebo entre 10 e 20 solicitações mensais, pedindo aos Espíritos prefácios para obras que ainda estão sendo elaboradas. A pressa desses indivíduos de projetar a imagem, de entrarem nesse pódium do sucesso é tão grande que ainda não terminaram de psicografar - quando é psicográfica - ou de transcrevê-la, quando é inspirada, ou de escrevê-la, quando é de próprio punho, de própria concepção, já preocupado com o prefácio. Eu lhes digo: Bom, aos Espíritos eu não faço solicitações. Peço desculpas por não poder mandar o prefácio desejado. Espere, pelo menos, concluir o trabalho. Pode ser que eu morra, pode ser que você morra e pode ser que o Guia reencarne antes de terminar a obra.
É uma onda de perturbação para minar-nos por dentro. O Codificador nos recorda que os piores inimigos estão no próprio Movimento, o que torna muito difícil a chamada seleção natural. Nós deveremos ter muito cuidado ao examinar esses livros. Penso que as instituições deveriam ter uma comissão para lê-los, avaliar a sua qualidade e divulgá-los ou não, porquanto as pessoas incautas ou desconhecedoras do Espiritismo fascinam-se com ideias verdadeiramente absurdas.
Tenho ouvido e visto declarações pessoais de médiuns que dizem não serem espíritas e não terem nenhum vínculo com qualquer “ismo”; são livres atiradores e as suas obras são vendidas nos Centros Espíritas, porque vendem muito. Até amigos muito queridos têm, em suas livrarias, nos Centros Espíritas que frequentam, essas obras que são romances interessantes, como os antigos romances de Agatha Christie, de M. Dellyt e tais. Mas essas obras não são espíritas, embora ditadas por um Espírito, mas ditadas ao computador.
Essas obras são muito interessantes, ninguém contesta, mas o tempo que se gasta, lendo-as, é um desvio do tempo de aprendizagem da Doutrina Espírita. As pessoas ficam sempre à margem, não se aprofundam. Observo, em nossa Instituição, pelas perguntas infantis que me fazem.
É necessário que procuremos divulgar a Doutrina, conforme nós a herdamos do ínclito Codificador e das entidades venerandas, que preservaram essa Doutrina extraordinária, para que nós possamos contribuir com a construção de um mundo melhor.
A respeito desses livros que proliferam, me causam surpresa, quando amigos com quarenta, cinqüenta anos de idade, pessoas lúcidas, pessoas cultas, que nunca foram médiuns, ou, pelo menos, jamais o disseram, escrevem livros até ingênuos, que nem são bons nem são maus, e rotulam como mediúnicos e passam a vender, porque são mediúnicos.
Realmente, a questão deve ser muito bem estudada, inclusive, penso, que pelo Conselho Federativo Nacional para se tomar uma providência. Não de cercear-se a liberdade — não temos esse direito, mas pelo menos de esclarecer os leitores e procurar demonstrar quais são as características de uma obra espírita e as características de uma obra imaginativa.
Um dos livros mais vendidos, dito mediúnico, tem verdadeiras aberrações, em que a entidade fez do mundo espiritual uma cópia do mundo físico, ao invés de o mundo físico ser uma cópia do mundo espiritual. Inverteu, porque o Espírito está tão físico no mundo espiritual! E um Espírito do sexo feminino, que tem os fluxos catamênicos no mundo espiritual e que vai ao banheiro e dá descarga!
Outras obras, igualmente muito graves, falam de relacionamentos sexuais para promoverem reencarnação no Além. Ora, a palavra reencarnação já caracteriza tomar um corpo de carne. Como reencarnar no Além, no mundo de energia, de fluidos, onde não existe a carne? O Além, com ninhos de passarinhos multiplicando-se, em que as aves vêm, chocam e nascem os filhotinhos. Não é que estejamos contra qualquer coisa, mas é que são delírios, pura fascinação.
Acredito que alguns desses médiuns são médiuns autênticos. Ocorre que eles não perderam a mediunidade, a sua faculdade mediúnica é que mudou de mãos, daquelas entidades respeitáveis para as entidades frívolas que estão criando verdadeiros embaraços, porque em determinados seminários, palestras, fazem perguntas diretas e ficamos numa situação delicada, porque citam os nomes. Toda vez que dizem os nomes eu me recuso responder. Numa pergunta em tese muito bem, mas declinar nomes, não. Não tenho esse direito de levar alguém ao escárnio.
Dessa forma, o problema é mais grave do que parece, porque muitos também estão fazendo disso profissão, embolsam o resultado das vendas. Enquanto outros justificam obras de má qualidade, por terem um objetivo nobre: ajudar obras de assistência social. Os meios não justificam os fins."

Estudar e conhecer. Agir e transformar.


“A maior caridade que podemos fazer pela
Doutrina Espírita é a sua divulgação”
Emmanuel.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Há 190 anos Joanna de Ângelis partia para a espiritualidade

Joanna Angélica de Jesus nasceu em Salvador em 761. Filha de uma abastada família. Aos 21 anos ingressa no Convento da Lapa como franciscana, com o nome de Sóror Joanna Angélica, entrando na Ordem das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição.
Foi irmã, escrivã e vigária. Em 1815 tornou-se abadessa. Aceitou os votos de silêncio e, como monja enclausurada, jamais podiam vê-la. Atendia a todos através de um véu ou de uma cortina. Tendo atenção especial aos pobres e aos pestosos. Ajudou de modo a atender à Ordem e servir a Jesus. Assim, aceitou uma das mais difíceis tarefas: a de reeducar mulheres equivocadas, as chamadas "arrependidas".

Meses antes do Grito do Ipiranga o povo baiano já lutava contra o domínio português. A luta se prolongou por quase um ano após a proclamação da independência. Em 19 de fevereiro de 1822, os 20100620_joana_de_angelisportugueses atacam o Forte de São Pedro onde estão alojados os combatentes baianos. Os combates se espalham por toda Salvador. Ainda na manhã do dia 19, militares e civis portugueses investem contra o Convento da Lapa alegando que há baianos combatentes escondidos. A abadessa Joana Angélica resiste à invasão do seu Convento e num último gesto para afastar os agressores grita:

"Para trás, bárbaros. Respeitem a casa de Deus. Ninguém entrará no convento, a menos que passe por cima do meu cadáver!" Uma baioneta atravessa o peito da religiosa que veio a desencarnar no dia seguinte, 20 de fevereiro de 1822, tornando-se o símbolo da resistência e mártir da independência.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

“A grandeza de Chico Xavier foi algo poucas vezes visto na História”

O autor do audiolivro Viajantes, com mensagens psicografadas pelo médium Francisco Cândido Xavier, fala sobre seu trabalho
na divulgação do Espiritismo

Fernando Maurício Peron (foto), natural da capital paulista, onde reside e exerce profissionalmente as atividades de ator, dublador e locutor, é tarefeiro desde 1999 do Núcleo Espírita Assistencial “Paz e Amor” – website http://www.neapa.org.br –, situado no bairro do Cambuci, São Paulo-SP, onde já trabalhou em atividades diversas e atualmente coordena O Evangelho no seu Lar, projeto que promove visita a famílias para a implantação do Evangelho no Lar.

Fernando realiza também outras atividades por conta própria, como

tratamento espiritual e magnético a distância para problemas de saúde – na condição de médium, junto aos amigos espirituais – e a distribuição de alimentos e roupas para moradores de rua.

No âmbito da divulgação espírita, criou o Projeto Saber e Mudar que, desde 2006, através da internet, envia um texto ou frase por dia, de obras espíritas e não espíritas, a milhares de pessoas. O Projeto ainda se desdobra em outras ações de difusão e esclarecimento.

Espírita desde 1988, é autor do audiolivro Viajantes (Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos, organização e interpretação de Fernando Peron. Vinha de Luz Serviço Editorial, 2011) e faz parte do livro 8º Concurso de Contos, Crônicas e Poesias de Barueri (Autores Diversos, Secretaria Municipal de Cultura de Barueri, SP, 1991, edição esgotada), em que foi premiado com o 4º lugar na categoria poesia, com o primeiro poema escrito na vida.

Como começou seu trabalho como ator, dublador e locutor?

Embora não houvesse nenhum artista na família, desde muito criança tinha inclinação para as Artes em geral, especialmente a interpretação, já levando a coisa muito a sério, dentro de minha mente infantil. Tinha a intuição nítida de que o trabalho do artista é uma missão social de grande responsabilidade, por alcançar a emoção e o raciocínio das pessoas. Sem contar atividades teatrais no primário e ginásio, apresentei-me no palco pela primeira vez aos 20 anos de idade e tornei-me profissional aos 23, em 1995. No mesmo ano fiz meu primeiro trabalho em dublagem, mas precisei interromper por dois anos. Retomado em 1997, não parei de trabalhar na área até hoje. Já a estreia no rádio, como locutor, ocorreu em 1994, aos 22 anos.

Como locutor, quais as principais atividades já realizadas?

Sempre considerei o trabalho de locutor, no meu caso, como uma extensão do trabalho de ator, embora seja um ramo diferenciado, com profissionais específicos. Trabalhei na Estrela FM Rádio Educativa do Município de Jaguariúna (SP), entre 1994 e 1995, como locutor, operador e programador. Ainda em 1995, estive na Rádio Cultura FM de Campinas (SP), como locutor, apresentador e operador. Passei por um programa piloto (projeto espírita de minha autoria) na Rádio Globo AM de São Paulo (SP) em 1999 e em 2001 estreou Ponte Para a Luz (interpretação de mensagens das obras de Chico Xavier) na Rádio Boa Nova AM (SP), que idealizei, produzi, interpretei e dirigi. Este último ainda hoje é reapresentado esporadicamente.

Como e quando surgiu o programa Ponte Para a Luz, com as mensagens psicografadas por Chico Xavier?

Criamos o projeto em 1998, ainda com outro nome. Era uma forma de dar uma contribuição para a divulgação das obras de Chico Xavier através da Arte. Foram três anos de luta até conseguirmos estreá-lo, em dezembro de 2001, na já citada Rádio Boa Nova, aceitando o convite do confrade Jether Jacomini Filho, diretor artístico da Emissora. No ano seguinte, houve a estreia de outra vertente do projeto: o canal Chico Xavier – Mensagens em Áudio, dentro do Universo Espírita (www.universoespirita.org.br), site criado por Hermann Campos.

Na área de dublagem, o que gostaria de citar de suas atividades?

Antes, gostaria de esclarecer algo que muita gente não sabe: a dublagem é uma vertente do trabalho de ator; portanto, para ser dublador é preciso ser ator profissional. Bem, em 16 anos de atuação, são milhares os trabalhos realizados – milhares literalmente –, mas vamos citar alguns: as séries/seriados 24 Horas (Ano V: Theo Stoller; Ano VI: Embaixador), The Contender – O Desafiante (Jimmy Lange), CSI – Investigação Criminal (Detetive Sam Vega), Mulheres de Fibra – MacLeod’s Daughters (Peter Johnson), Water Rats (Dave McCall); longa-metragens Juno (Mac MacGuff), Quem Somos Nós? – What The Bleep Do We Know? (David Albert), entre muitos outros e inúmeros documentários para DVD e diversos canais e produtoras, como BBC, Discovery Channel, People & Arts, Animal Planet, The History Channel, National Geographic, entre outros.

Fale-nos um pouco sobre o audiolivro Viajantes. Como surgiu a ideia de produzi-lo?

Foi durante toda a luta para a realização do programa Ponte Para a Luz que me surgiu a ideia dos CDs ou audiolivros, com o objetivo de dar ainda outra contribuição para a divulgação da obra espetacular de Chico Xavier. Foram mais de dez anos de batalha até conseguirmos o lançamento de Viajantes (Vinha de Luz Serviço Editorial, de Belo Horizonte, MG). Elaborei todo o trabalho com muito esmero e planejamento, desde a seleção dos textos, a montagem, o conteúdo do encarte, até toda a parte técnica e artística desenvolvida em estúdio. O amor e o respeito imenso que tenho por Chico Xavier só fez ampliar a alegria do próprio trabalho profissional. Antes da vitória desse primeiro audiolivro, os obstáculos se mostraram inflexíveis, durante muito tempo, mas foram finalmente dobrados graças à perseverança e ao auxílio do Plano Espiritual, que nunca nos abandona.

Como adquirir o audiolivro?

Ele encontra-se à venda em diversas livrarias físicas e virtuais – especialmente no site da própria Editora: www.vinhadeluz.com.br.

De onde vem o imenso carinho por Chico Xavier e as mensagens que você tem divulgado?

Do estudo contínuo e profundo de sua vida e obra. Meus olhos se enchem de lágrimas ao falar dele, ao lembrar de todos os episódios de sua vida missionária, de sua inacreditável capacidade de amar e trabalhar, dos mais variados fenômenos mediúnicos que comprovaram fartamente a realidade espiritual, e tudo isso aureolado por uma humildade imbatível. Ele que possuía uma inteligência extraordinária, uma vastíssima bagagem cultural e científica, de inúmeras encarnações... Sem nenhum exagero de nossa parte, sua grandeza foi algo poucas vezes visto na História. Quem apenas sabe de Chico Xavier por informações esparsas, sem o trabalho de estudar, ainda não tem ideia de quem realmente ele foi e do que representa sua vida e obra para o futuro da Humanidade.

Há um site a ser indicado para consultas? E quem desejar receber as mensagens, como deve proceder?

Estamos trabalhando para a implantação do site do Projeto Saber e Mudar em 2012, com o arquivo completo de todos os textos enviados, além de outros conteúdos. Mas, por enquanto, quem desejar receber a mensagem diária pode solicitá-la através do e-mail saberemudar@gmail.com. É enviada apenas uma mensagem por dia, nunca mais do que isso, mas sem falhar nenhum dia, de domingo a domingo. Este trabalhado foi iniciado, sem este nome, através do meu e-mail pessoal, no ano 2001. A solicitação para recebimento dos textos foi aumentando de tal maneira, por pessoas conhecidas e desconhecidas, que surgiu a ideia de criar o Projeto, que estreou, então, em 17 de julho de 2006. Devido a problemas no computador, houve alguns dias que não foi enviada nenhuma mensagem, mas do dia 26 de setembro de 2007 até hoje não falhou nenhum dia.

Algo mais que gostaria de acrescentar?

É uma alegria saber de tantos companheiros que se desdobram em atividades incontáveis pelo Brasil e pelo mundo na vivência e difusão das Luzes do Espiritismo. E a todos nós, sem nenhuma divisão de ordem religiosa, filosófica ou qualquer outra, digamos mais uma vez, como dizia Chico Xavier: “Que Jesus nos abençoe!”. Deixo ao leitor o link do lançamento da audiolivro:

http://www.youtube.com/watch?v=Wk8F8iiH3_E&blend=21&lr=1&ob=5.

 

Entrevista em Inglês:

“The greatness of Chico Xavier is not something you come across very often in History”

The author of the audio book Viajantes, a collection of messages written in trance by the great medium Chico Xavier, talks about his efforts to help disseminate Spiritism

Fernando Maurício Peron (photo), an actor and newsreader from the Brazil’s largest city, São Paulo, has worked since 1999 as a volunteer at the Spiritist Group Paz e Amor (www.neapa.org.br). He’s currently in charge of a project to provide advice and encourage families to do the Gospel in the home. He also carries out a number of other activities, such as healing, and providing material and spiritual help for the homeless and the poor. Fernando Peron is also a short story writer and poet.

How did you begin your work as an

actor, a newsreader and doing voiceovers for films?

Even though no one in my family was involved with the arts, I develop an interest in acting from a very early age. It was very clear in my mind, even as a small child, that the actor has a social responsibility, as he can touch people’s hearts and minds. After taking part in a number of plays at school, I got on stage for the first time when I was 20. Three years later, in 1995, I became a professional actor and did, in the same year, my first dubbing work for a foreign language film. The year before, 1994, I had my first work on the radio. For me, working as a broadcaster on the radio was part of my work as an actor. I worked in many commercial radio stations and produced and presented on the Spiritist Radio Network, Boa Nova, a programme with messages written in trance by Chico Xavier, called Ponte para a Luz (A Bridge Towards Enlightenment).

Tell us more about that programme. How did you come up with the idea for it?

The first idea came up in 1998, and we had a different name for the programme. The aim was to use the arts to disseminate the work of Chico Xavier. It took us three years of hard work till we finally had the first programme on air, in December 2001, on Radio Boa Nova. The year after, based on the same idea, we began broadcasting audio messages by Chico Xavier on the website Universo Espírita (www.universoespirita.org.br).

How about the audiobook Viajantes? Again, how did you come up with the original idea?

During our efforts to put together the radio programme, Ponte para a Luz, it occurred to me that it would be a good idea to produce CDs and audio books. They would certainly help publicise the amazing work of Chico Xavier. After ten years of very hard work, we managed to get Viajantes published (by Vinha de Luz Publishing House). I did a meticulous job, from the selection of the messages to the sound effects, editing, all the printing and the artwork. The love and the huge respect I have for the work of Chico Xavier gave me the strength to go ahead with the project. Before the triumph that was to publish this first audio book, the obstacles were many, they seemed huge and were there for a long time. But they were finally overcome due to the determination and the invaluable assistance from the Spiritual Benefactors, who never abandon us. The audio book is available in many bookshops in Brazil and through the publishers website, www.vinhadeluz.com.br.

Where does your admiration for Chico Xavier and his messages come from?

It comes from years of serious, in depth studies of his life and his work. I get tears in my eyes as I speak of Chico Xavier, as I remember all the passages in his life as a missionary, his remarkable capacity to love and to produce, his amazing mediumship and all the phenomena he helped produce proving once again the existence of the Spiritual World. And all that was done in an atmosphere of simplicity and humility, without a trace of pride. Chico Xavier had an amazing brain, huge cultural and scientific background from many previous incarnations… Without any exaggeration, his greatness is not something you come across very often in History. Those who know little about him, those who don’t bother to study his work and his life don’t have a clue of who he really was and how much his life and his work represent for the future of Humankind.

Is there a website you can recommend for those interested in getting further information about Chico Xavier?

We are working to set up this year the website Projeto Saber e Mudar. We send one message by Chico Xavier a day for those who sign up. The website will have an archive of all messages sent so far, in Portuguese. For those who want to get the daily message, just get in touch through the email saberemudar@gmail.com. It’s only a message a day, seven days a week.

Is there anything else you would like to add?

I would just like to say that it’s a great joy to know that so many fellow Spiritists are working harder in Brazil and other countries to live according to the teachings and to disseminate the enlightening message of Spiritism. And as Chico Xavier used to say, “May God bless us”, all of us, without any distinction of religious affiliation or beliefs. And I leave you with the link for the launch of the audio book:
http://www.youtube.com/watch?v=Wk8F8iiH3_E&blend=21&lr=1&ob=5.

 

Entrevista em Espanhol:

 

“La grandeza de Chico Xavier fue algo pocas veces visto
en la Historia”

El autor del audiolibro Viajantes, con mensajes psicografiados
por el médium Francisco Cândido Xavier, habla sobre
su trabajo en la divulgación del Espiritismo

Fernando Maurício Peron (foto), natural de la capital paulista, donde reside y ejerce profesionalmente las actividades de actor, doblador y locutor, es trabajador desde 1999 del Núcleo Espírita Asistencial “Paz y Amor” – web www.neapa.org.br –, situado en el barrio del Cambuci, São Paulo-SP, donde ya trabajó en actividades diversas y actualmente coordina El Evangelio en su Hogar, proyecto que promueve visita a familias para la implantación del Evangelio en el Hogar.

Fernando realiza también otras actividades por cuenta propia, como tratamiento espiritual y magnético a

distancia para problemas de salud – en la condición de médium, junto a los amigos espirituales – y la distribución de alimentos y ropas para habitantes callejeros.

En el ámbito de la divulgación espírita, creó el Proyecto Saber y Cambiar que, desde 2006, a través de internet, envía un texto o frase por día, de obras espíritas y no espíritas, a miles de personas. El Proyecto aún se desdobla en otras acciones de difusión y esclarecimiento.

Espírita desde 1988, es autor del audiolibro Viajeros (Francisco Cândido Xavier, por Espíritus Diversos, organización e interpretación de Fernando Peron. Viña de Luz Servicio Editorial, 2011) y forma parte del libro 8º Concurso de Cuentos, Crónicas y Poesías de Barueri (Autores Diversos. Secretaría Municipal de Cultura de Barueri, SP, 1991, edición agotada), en que fue premiado con el 4º lugar en la categoría poesía, con el primer poema escrito en la vida.

¿Cómo comenzó su trabajo como actor, doblador y locutor?

Aunque no hubiera ningún artista en la familia, desde mucho niño tenía inclinación para las Artes en general, especialmente la interpretación, ya llevando la cosa muy en serio, dentro de mi mente infantil. Tenía la intuición nítida de que el trabajo del artista es una misión social de gran responsabilidad, por alcanzar la emoción y el razonamiento de las personas. Sin contar actividades teatrales en primaria y gimnasio, me presenté en el escenario por primera vez a los 20 años de edad y me hice profesional a los 23, en 1995. El mismo año hice mi primero trabajo en doblaje, pero necesité interrumpirlo por dos años. Retomado en 1997, no paré de trabajar en el área hasta hoy. Ya a estrena en la radio, como locutor, ocurrió en 1994, a los 22 años.

Como locutor, ¿cuáles fueron las primeras actividades ya realizadas?

Siempre consideré el trabajo de locutor, en mi caso, como una extensión del trabajo de actor, aunque sea un ramo diferenciado, con profesionales específicos. Trabajé en la Estrella FM Radio Educativa del Municipio de Jaguariúna (SP), entre 1994 y 1995, como locutor, operador y programador. Aún en 1995, estuve en la Radio Cultura FM de Campinas (SP), como locutor, presentador y operador. Pasé por un programa piloto (proyecto espírita de mi autoría) en la Radio Globo AM de São Paulo (SP) en 1999 y en 2001 estrenó Puente Para la Luz (interpretación de mensajes de las obras de Chico Xavier) en la Radio Buena Nueva AM (SP), que idealicé, produje, interpreté y dirigí. Este último aún hoy es representado esporádicamente.

¿Cómo y cuándo surgió el programa Puente Para la Luz, con los mensajes psicografiados por Chico Xavier?

Creamos el proyecto en 1998, aún con otro nombre. Era una forma de dar una contribución para la divulgación de las obras de Chico Xavier a través del Arte. Fueron tres años de lucha hasta conseguir estrenarlo, en diciembre de 2001, en la ya citada Radio Buena Nueva, aceptando la invitación del compañero Jether Jacomini Hijo, director artístico de la Emisora. Al año siguiente, hubo el estreno de otra vertiente del proyecto: el canal Chico Xavier – Mensajes en Audio, dentro del Universo Espírita (www.universoespirita.org.br), web creada por Hermann Campos.

En el área de doblaje, ¿qué le gustaría citar de sus actividades?

Antes, me gustaría esclarecer algo que mucha gente no sabe: el doblaje es una vertiente del trabajo de actor; por lo tanto, para ser doblador es preciso ser actor profesional. Bien, en 16 años de actuación, son miles los trabajos realizados – miles literalmente – pero vamos a citar algunos: las series/seriados 24 Horas (Año V: Theo Stoller; Año VI: Embajador), The Contender – El Desafiante (Jimmy Lange), CSI – Investigación Criminal (Detective Sam Vega), Mujeres de Hebra – MacLeod’s Daughters (Peter Johnson), Water Rats (Dave McCall); largo-metrajes Juno (Mac MacGuff), ¿Quién Somos Nosotros? – What The Bleep Do We Know? (David Albert), entre muchos otros e incontables documentários para DVD y diversos canales y productoras, como BBC, Discovery Channel, People & Arts, Animal Planet, The History Channel, Nacional Geographic, entre otros.

Háblenos un poco sobre el audiolibro. ¿Cómo surgió la idea de producirlo?

Fue durante toda la lucha para la realización del programa Puente Para la Luz que me surgió la idea de los CDs o audiolibros, con el objetivo de dar aún otra contribución para la divulgación de la obra espectacular de Chico Xavier. Fueron más de diez años de batalla hasta conseguir el lanzamiento de Viajeros (Viña de Luz Servicio Editorial, de Belo Horizonte, MG). Elaboré todo el trabajo con mucho esmero y planificación, desde la selección de los textos, el montaje, el contenido del encarte, hasta toda la parte técnica y artística desarrollada en estudio. El amor y el respeto inmenso que tengo por Chico Xavier sólo hicieron ampliar la alegría del propio trabajo profesional. Antes de la victoria de ese primero audiolibro, los obstáculos se mostraron inflexibles, durante mucho tiempo, pero fueron finalmente doblados gracias a la perseverancia y al auxilio del Plano Espiritual, que nunca nos abandona.

¿Cómo adquirir el audiolibro?

Él se encuentra a la venta en diversas librerías físicas y virtuales – especialmente en la web de la propia Editora:www.vinhadeluz.con.br

¿De dónde viene el inmenso cariño por Chico Xavier y los mensajes que usted ha divulgado?

Del estudio continuo y profundo de su vida y obra. Mis ojos se llenan de lágrimas al hablar de él, al recordar todos los episodios de su vida misionera, de su increíble capacidad de amar y trabajar, de los más variados fenómenos mediúmnicos que comprobaron hartamente la realidad espiritual, y todo eso aureolado por una humildad imbatible. Él que poseía una inteligencia extraordinaria, un vastísimo equipaje cultural y científico, de incontables encarnaciones... Sin ninguna exageración de nuestra parte, su grandeza fue algo pocas veces visto en la Historia. Quién sólo sabe de Chico Xavier por informaciones dispersas, sin el trabajo de estudiar, aún no tiene idea de quien realmente fue él y de lo que representa su vida y obra para el futuro de la Humanidad.

¿Hay un site a ser indicado para consultas? Y quien deseara recibir los mensajes, ¿cómo debe proceder?

Estamos trabajando para la implantación de la web del Proyecto Saber y Cambiar en 2012, con el archivo completo de todos los textos enviados, además de otros contenidos. Pero, de momento, quien deseara recibir el mensaje diario puede solicitarlo a través del e-mail saberemudar@gmail.con. Es enviado sólo un mensaje por día, nunca más que eso, pero sin fallar ningún día, de domingo a domingo. Este trabajado fue iniciado, sin este nombre, a través de mi e-mail personal, el año 2001. La solicitud para recibimiento de los textos fue aumentando de tal manera, por personas conocidas y desconocidas, que surgió la idea de crear el Proyecto, que se estrenó, entonces, el 17 de julio de 2006. Debido a problemas en el ordenador, hubo algunos días que no fue enviado ningún mensaje, pero del día 26 de septiembre del 2007 hasta hoy no falló ningún día.

¿Algo más que le gustaría añadir?

Es una alegría saber de tantos compañeros que se desdoblan en actividades incontables por Brasil y por el mundo en la vivencia y difusión de las Luces del Espiritismo. Y a todos nosotros, sin ninguna división de orden religiosa, filosófica o cualquier otra, digamos una vez más, como decía Chico Xavier: “¡Que Jesús nos bendiga!” Dejo al lector el link del lanzamiento del audiolibro:

http://www.youtube.com/watch?v=Wk8F8iiH3_E&blend=21&lr=1&ob=5

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Exatamente hoje, 15 de fevereiro

Foi em 1925, numa época em que não dispúnhamos das facilidades tecnológicas atuais, que Cairbar Schutel – considerado O Bandeirante do Espiritismo – lançou na então pequena Matão a sua Revista Internacional de Espiritismo, bastante conhecida como RIE. São 87 anos de circulação ininterrupta e atingindo dezenas de países, com credibilidade reconhecida, e cumprindo as funções que seu fundador idealizou: divulgar o Espiritismo, discutir especialmente o tríplice aspecto da Doutrina Espírita: ciência, filosofia, religião.

Cairbar ficou conhecido pela sua lucidez, determinação e grande ousadia criativa, com ações destemidas em seu tempo, quando enfrentou perseguições e grande resistência numa época de intensa limitação cultural e predomínio do preconceito pelas ideias libertadoras apresentadas por uma Doutrina ainda incompreendida naquela época.

Os títulos de Bandeirante do Espiritismo, Espírita nº 1 do Brasil e Pai dos Pobres de Matão, justificam-se por si só. Seus atos, ações e comportamentos de respeito a todas as criaturas – nunca desprezando ou discriminando quem quer que fosse – e crenças, sua bondade espontânea e suas ações humanitárias sempre embasadas pelo alto sentido da caridade, mesmo antes de tornar-se espírita, falam da vida de um homem dedicado ao bem, completamente.

Escreveu vários livros, fundou instituições e publicações e é reconhecido com um Gigante do Espiritismo, face à dedicação para viver e divulgar os princípios norteadores da Doutrina dos Espíritos, organizada, codificada por Allan Kardec. Numa época de dificuldades e preconceitos, ele provou com ações o desprendimento em favor do bem, especialmente pela humildade que o caracterizou a existência.

Agora que sua RIE completa quase 9 décadas de circulação, é bastante oportuno conhecer a história de Cairbar e de sua Editora O Clarim, que continua os objetivos de seu fundador. Visitar o site, assinar suas publicações, conhecer seus livros e divulgar as reflexões e ensinos desse autêntico homem de bem que influenciou toda uma geração com seus exemplos, é dever daqueles que hoje nos situamos na seara de trabalho proporcionado pelo ideal espírita.

Visite o site: www.oclarim.com.br – O amigo leitor terá em mãos, assinando as publicações ou adquirindo os livros do lúcido autor, um tesouro de conhecimentos para estudar o Evangelho de Jesus e os princípios básicos do Espiritismo.

Nossa homenagem, pois, aos 87 anos da respeitada REVISTA INTERNACIONAL DE ESPIRITISMO, e nossa gratidão a Cairbar Schutel. O dia 15 de fevereiro assinala essa importante data na história do espiritismo mundial.

Colaboração: Orson Peter Carrara

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A ALEGRIA DO TRABALHO

Um grande pesquisador da alma humana, interessado em estudar os sentimentos alimentados no íntimo de cada ser, resolveu iniciar sua busca junto àqueles que estavam em pleno exercício de suas profissões.
Dirigiu-se, então, a um edifício em construção e ali permaneceu por algum tempo a observar cada um daqueles que, de uma forma ou de outra, faziam com que um amontoado de materiais fosse tomando forma de um arranha-céu.
Depois de observar cuidadosamente, aproximou-se de um dos pedreiros que empurrava um carrinho de mão, cheio de pedras e lhe perguntou:
Poderia me dizer o que está fazendo?
O pedreiro, com acentuada irritação, devolveu-lhe outra pergunta:
O senhor não está vendo que estou carregando pedras?
O pesquisador andou mais alguns metros e inquiriu a outro trabalhador que, como o anterior, também empurrava um carrinho repleto de pedras.
Posso saber o que você está fazendo?
O interpelado respondeu com presteza:
Estou trabalhando, afinal, preciso prover meu próprio sustento e o de minha família.
Mais alguns passos e o estudioso acercou-se de outro trabalhador e lhe fez a mesma pergunta.
O funcionário soltou cuidadosamente o carrinho de pedras no chão, levantou os olhos para contemplar o edifício, que já contava com vários pisos e, com brilho no olhar, que refletia seu entusiasmo, falou:
Ah, meu amigo! Eu estou ajudando a construir este majestoso edifício!

PARA REFLETIR...

Neste relato singelo, encontramos motivos de profundas reflexões acerca do trabalho.
Em primeiro lugar, devemos entender que:
O trabalho não é castigo: é bênção. Deve, por isso mesmo, ser executado com prazer.
E o meio de conseguirmos isso consiste em reduzir o quanto possível o cunho egoístico de que o mesmo se reveste em nosso meio.
O trabalho é lei da natureza...
...mediante a qual o homem forja o próprio progresso, desenvolvendo as possibilidades do meio ambiente em que se situa, ampliando os recursos de preservação da vida.
Desde as imperiosas necessidades de comer e beber, defender-se das intempéries até os processos de garantia e preservação da espécie, o homem se vê compelido à obediência à Lei do trabalho.
O trabalho, no entanto, não se restringe apenas ao esforço de ordem material, física mas, também, intelectual, pelo labor desenvolvido, objetivando as manifestações da cultura, do conhecimento, da arte, da ciência.
Será que estamos trabalhando com o objetivo de enriquecer somente os bolsos, ou pensamos em enriquecer também o cérebro e o coração?
Podemos dizer que trabalhar significa viver, colocar em prática gestos belos, dignos e criativos. É a dignidade do trabalho que transforma e dá mais valia às coisas da natureza, enobrecendo e dignificando o homem e o mundo.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Novas notícias do Raul Teixeira 03/02/2012

A Diretoria da Sociedade Espírita Fraternidade informa que o nosso estimado Raul Teixeira prossegue com o tratamento e seu estado geral vemuntitled melhorando gradualmente.

Importante considerar que o quadro de um AVC requer sempre paciência no trabalho de recuperação e que os resultados não aparecem com a rapidez esperada. Cada paciente responde de uma forma bem particular. Contudo, Raul já fala com mais desenvoltura, formando frases mais completas e acompanha todos os assuntos com a lucidez de sempre. Está escrevendo muito bem com a mão esquerda. A mão direita ainda se apresenta com certa rigidez, mas ele já consegue realizar movimentos que antes quase não fazia. Os dedos já apresentam maior firmeza e o punho, também.

Após mais de dois meses, desde o dia do AVC, Raul continua com excelente disposição. Fala da sua situação com bom-humor, demonstrando comovente resignação e total confiança nas Leis Divinas e na assistência dos bons espíritos.

A Diretoria da Sociedade Espírita Fraternidade informa que o Raul prossegue com seu tratamento na cidade de São Paulo, sendo atendido por profissionais de alto nível. O ritmo dos exercícios continua intenso e melhorias graduais vão sendo notadas

Humanização e Espiritualidade nos Hospitais Espíritas.

No dia 30 de julho, representantes dos principais hospitais espíritas do Brasil estiveram presentes na reunião que firmou a parceria entre a Uniespírito (Universidade Internacional de Ciências do Espírito) e a Associação Pró-Saúde mental.

O Fundador e idealizador do Projeto Uniespírito, Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, promoveu um debate enriquecedor sobre a necessidade de incluir o sistema espiritual no prontuário médico nos hospitais.

“O médico pode não acreditar em nada que se refere às questões espirituais, mas o paciente tem o direito de saber que existem pesquisas científicas, por exemplo, sobre os efeitos da prece na saúde e tantos outros os avanços da ciência nesta área. Mas o que estamos nos organizando para realizar não é apenas para que o médico passe a falar de religião, mas principalmente, para que possa expor um conhecimento da natureza e dar ao paciente o direito de pedir auxílio espiritual enquanto estiver no hospital”, diz Dr. Sérgio Felipe.

Várias ações foram acordadas para que a formação dos Comitês de Qualidade de Vida pudesse receber o devido embasamento. Dentre elas a capacitação de voluntários e profissionais da saúde dispostos a ingressar nos Comitês, através de um curso de “Agente Promotor da Saúde”, que será oferecido no ano que vem pela Uniespírito.

Arnaldo Coutinho, presidente da Associação Pró-Saúde Mental, expressou a importância da reunião não somente para o movimento espírita. “Esta reunião é um marco na história da Psiquiatria brasileira. Já estamos a um tempo tentando organizar ações como esta. E eu entendo que este trabalho é uma necessidade cada vez maior em nossas casas espíritas e em nossos hospitais. Agora precisamos realizar”, explica Coutinho.

“Esta parceria e disposição dos aqui presentes em participar da formação dos Comitês de Qualidade de Vida – Humanização e Espiritualidade e promover a idéia do hospital espírita como plataforma de Saúde Pública, vai mudar a Psiquiatria no Brasil. Nossa proposta é restaurar a essência da Psiquiatria que remete a conexão com o divino”, conclui Dr. Sérgio.

Hospitais e Instituições de Saúde que estiveram presentes:

Hospital Dr. Adolfo Bezerra de Menezes

Instituto Fraternal de Laborterapia

Associação Pró-Saúde Mental

Centro de Tratamento Bezerra de Menezes

Hospital Francisca Júlia – CVV - São José dos Campos

Clínica Sayão – Araras

Instituto Pineal Mind

Casa Cairbar Chutel - Araraquara

Aassista o vídeo sobre a questão espiritual em psiquiatria para saber mais sobre o assunto. Click aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=5mvarxEB-Dk

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

MPF-MG vai à Justiça pelo tombamento do patrimônio de Chico Xavier

O MPF-MG (Ministério Público Federal em Minas Gerais) ajuizou ação civil pública na 1ª Vara Federal de Uberaba para obrigar a União, o estado de Minas Gerais e o município de Uberaba a realizarem o inventário e tombamento dos bens móveis e imóveis deixados pelo médium Chico Xavier.

Segundo a ação, apesar de reconhecerem o expressivo valor histórico e cultural desse patrimônio brasileiro, o governo nada fez para conservá-los. "Mas, pelo contrário, permaneceram omissos e inertes, o que obrigou o MPF a pedir a intervenção judicial para conferir proteção constitucional aos bens", diz ação.

O objetivo do MPF é o de impedir a evasão, destruição e descaracterização do patrimônio deixado por Chico Xavier.O médium é considerado um dos maiores fenômenos religiosos de todos os tempos, e uma das mais importantes personagens brasileiros do século XX.
Chico Xavier nasceu em Pedro Leopoldo/MG e, em 1959, mudou-se para Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde viveu até a sua morte em 2002. Ele deixou mais de 400 livros psicografados. Estudiosos dizem que, dos 10 melhores livros espíritas do século XX, sete são da lavra do médium brasileiro, que doou os direitos autorais de todas as suas obras para organizações espíritas e instituições de caridade. Estima-se que foram vendidos mais de 50 milhões de livros em português, com traduções em várias línguas.
Sua devoção à caridade e ao próximo renderam-lhe a indicação ao Prêmio Nobel da Paz em 1981, disputando a indicação com o Papa João Paulo II e o Escritório do Alto Comissariado da ONU para refugiados.
Para o MPF, é “inegável a importância de Chico Xavier para a cultura nacional, regional e municipal” e “chega a ser absurdo o fato de que todos os bens deixados pelo médium estejam completamente desprotegidos, sem qualquer medida de conservação, controle ou catalogação”, com grande parte deles exposta ao público de forma inapropriada.

A ação relata que, somente após intensa provocação do MPF, o imóvel, que é alvo de peregrinação por adeptos da doutrina espírita de todo o mundo, foi cadastrado como museu pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus). Tal medida, no entanto, não levou a qualquer medida protetiva mais eficaz dos bens expostos à visitação pública.

“A casa de Chico Xavier é um museu particular, onde se encontram expostos livros, esculturas, imagens sacras, mobiliário, fotografias, roupas, documentos e inúmeros outros bens”, lembra a procuradora da República Raquel Silvestre. “O problema é que essa exposição requer medidas técnicas especiais como identificação, catalogação, ambientação, ou seja, requer um projeto museográfico, o que nunca foi feito”.

Visita técnica feita por especialistas do IBRAM detectou que os bens não possuem qualquer tipo de instrumento de registro, controle e segurança. À exceção dos livros psicografados pelo médium, que apresentam etiquetas, não há nenhuma identificação dos demais itens expostos.

Para a procuradora, “fica evidente que esses bens de inestimável valor histórico e cultural não estão recebendo as medidas protetivas necessárias à sua conservação. Afinal, não se sabe ao certo nem o que de fato existe. Não há nenhuma forma de controle e, evidentemente, nessa situação, os bens podem facilmente se extraviar e deteriorar”.
O próprio imóvel que abriga o museu, a casa situada na Rua Dom Pedro I, 145, no Bairro Parque das Américas, onde Chico Xavier morou por mais de 30 anos, está passando por modificações de forma pouco técnica e respeitosa à cultura nacional.

“É evidente que a manutenção das características originais da edificação faz parte da própria história que se objetiva preservar. O visitante que procura a Casa de Chico Xavier quer encontrá-la em seu estado original, para conhecer o local onde o médium viveu. No entanto, estão sendo realizadas alterações estruturais no imóvel, sem qualquer auxílio de técnicas de preservação da identidade histórica e cultural do ambiente”, afirma a procuradora.
Ela explica que o tombamento é uma medida administrativa que impõe restrições aos bens particulares e públicos, com o intuito de preservá-los. Essas restrições consistem, por exemplo, na obrigatoriedade de conservação e de preservação das características originais. Mas não há qualquer ingerência na titularidade dos bens. "Ou seja, o atual proprietário dos bens deixados por Chico Xavier, Eurípedes Higino dos Reis, não tem com que se preocupar. O tombamento nada mais fará do que auxiliá-lo no controle e conservação dos bens, podendo trazer orientações técnicas e procedimentos adequados. Ele não perderá a propriedade de nenhum bem”, diz.
Número da ação: 0007942-75.2011.4.01.3802.

Colaboração: Joaquim Veloso Filho

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Celso de Almeida Afonso - Vida e Obras

celsoUm homem de cabelos brancos trabalha silenciosamente, com notável habilidade. As mãos, calejadas pelos metais que manuseia, são as mesmas mãos que entregam cartas maravilhosas dos filhos que já partiram, para muitas mãezinhas.
Os gestos são lentos, porém os olhos são vivos e atentos. Celso de Almeida Afonso, com 67 anos, nasceu em Araxá. Espírita, exerce a função de ourives em Uberaba. Nos mo-mentos de folga, freqüenta o Centro Aurélio Agostinho, onde há mais de quarenta anos pratica a mediunidade.
A mãe de Celso, espírita convicta e praticante, levava o filho às reuniões. Na ocasião, muito jovem, Celso participava atentamente, sem compreender muito a doutrina. Algum tempo depois, o menino de 14 anos, viu nitidamente o pai em seu quarto. Detalhe: havia falecido há mais de dois anos. "Foi terrível, inexplicável. Ainda hoje não consigo descrever o que senti ao ver um espírito assim, na minha frente. Fiquei tão assustado que a voz não saía da garganta", diz num tom sério. A partir daí, o menino só dormiu com a luz do quarto acesa. Foi acometido de um pavor incontrolável contra tudo que se referisse ao Espiritismo, abandonando as reuniões que freqüentava com a mãe.
Aos dezesseis anos, morando em São Paulo, Celso foi a Sacramento visitar uma tia. A cidade estava em polvorosa. Todos falavam do homem que psicografava e trazia mensagens dos espíritos. Era Chico Xavier. Naturalmente, todos os espíritas iriam vê-lo e Celso, mesmo com medo, decidiu comparecer ao evento. Vendo o tumulto e o número considerável de pessoas, afastou-se rapidamente. "Foi quando uma senhora pediu: Chico, autografa esse livro pra mim? Chico olhou em minha direção e disse: Só se o Celso me emprestar a caneta que ele tem no bolso. Lembro dessa cena como se fosse hoje, agora. Foi indescritível!", o espírita conta visivelmente emocionado. Chico Xavier aproximou-se de Celso e o apresentou para a comitiva que o acompanhava: – Esse rapaz vai trabalhar conosco em Uberaba.
Não querendo retrucar, Celso nada disse. Mas sabia que seria quase impossível trabalhar com Chico Xavier. A família era de Araxá, morava em São Paulo e não conhecia ninguém de Uberaba; aliás nunca nem tinha ido lá. " Só prá ver como é a vida: voltei para São Paulo, minha mãe ficou muito doente. O clima da cidade fazia muito mal para ela. Minha irmã casou e foi morar em Uberaba. Por causa da doença da minha mãe mudamos pra casa da minha irmã. Em apenas dois anos a previsão se cumpriu!", Celso garante.

AVISO URGENTE:CELSO 03-11-08 007
Queridos amigos, acabo de receber uma notícia muito triste, e pedimos a ajuda de todos vocês para mais uma grande corrente de fé e orações para o nosso amado amigo e médium Celso de Almeida Afonso, que está hospitalizado e passará por uma cirurgia de esôfago, pois a biópsia deu positivo para câncer.
Vamos espalhar essa notícia para formarmos uma grande corrente de orações em favor do nosso querido médium e amigo.
Nós, pais, temos no Celso uma escora, pois ele nos mantêm vivos através das cartinhas de nossos amados filhos. Contamos com todos vocês nessa corrente.

Abraços cordiais.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Os cinco maiores arrependimentos dos pacientes terminais

Recentemente foi publicado nos Estados Unidos um livro que tem tudo para se transformar em um best seller daqueles que ajudam muita gente a mudar sua forma de enxergar a vida. The top five regrets of the dying (algo como “Os cinco principais arrependimentos de pacientes terminais”) foi escrito por Bonnie Ware, uma enfermeira especializada em cuidar de pessoas próximas da morte.
Para analisar a publicação, convidamos a Dra. Ana Cláudia Arantes – geriatra e especialista em cuidados paliativos do Einstein – que comentou, de acordo com a sua experiência no hospital, cada um dos arrependimentos levantados pela enfermeira americana. Confira abaixo.


1. Eu gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim
“À medida que a pessoa se dá conta das limitações e da progressão da doença, esse sentimento provoca uma necessidade de rever os caminhos escolhidos para a sua vida, agora reavaliados com o filtro da consciência da morte mais próxima”, explica Dra. Ana Cláudia.
“É um sentimento muito frequente nessa fase. É como se, agora, pudessem entender que fizeram escolhas pelas outras pessoas e não por si mesmas. Na verdade, é uma atitude comum durante a vida. No geral, acabamos fazendo isso porque queremos ser amados e aceitos. O problema é quando deixamos de fazer as nossas próprias escolhas”, explica a médica.
“Muitas pessoas reclamam de que trabalharam a vida toda e que não viveram tudo o que gostariam de ter vivido, adiando para quando tiverem mais tempo depois de se aposentarem. Depois, quando envelhecem, reclamam que é quando chegam também as doenças e as dificuldades”, conta.


2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto
“Não é uma sensação que acontece somente com os doentes. É um dilema da vida moderna. Todo mundo reclama disso”, diz a geriatra.
“Mas o mais grave é quando se trabalha em algo que não se gosta. Quando a pessoa ganha dinheiro, mas é infeliz no dia a dia, sacrifica o que não volta mais: o tempo”, afirma.
“Este sentimento fica mais grave no fim da vida porque as pessoas sentem que não têm mais esse tempo, por exemplo, pra pedir demissão e recomeçar”.


3. Eu gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos
“Quando estão próximas da morte, as pessoas tendem a ficar mais verdadeiras. Caem as máscaras de medo e de vergonha e a vontade de agradar. O que importa, nesta fase, é a sinceridade”, conta.
“À medida que uma doença vai avançando, não é raro escutar que a pessoa fica mais carinhosa, mais doce. A doença tira a sombra da defesa, da proteção de si mesmo, da vingança. No fim, as pessoas percebem que essas coisas nem sempre foram necessárias”.
“A maior parte das pessoas não quer ser esquecida, quer ser lembrada por coisas boas. Nesses momentos finais querem dizer que amam, que gostam, querem pedir desculpas e, principalmente, querem sentir-se amadas. Quando se dão conta da falta de tempo, querem dizer coisas boas para as pessoas”, explica a médica.


4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos
“Nem sempre se tem histórias felizes com a própria família, mas com os amigos, sim. Os amigos são a família escolhida”, acredita a médica. “Ao lado dos amigos nós até vivemos fases difíceis, mas geralmente em uma relação de apoio”, explica.
“Não há nada de errado em ter uma família que não é legal. Quase todo mundo tem algum problema na família. Muitas vezes existe muita culpa nessa relação. Por isso, quando se tem pouco tempo de vida, muitas vezes o paciente quer preencher a cabeça e o tempo com coisas significativas e especiais, como os momentos com os amigos”.
“Dependendo da doença, existe grande mudança da aparência corporal. Muitos não querem receber visitas e demonstrar fraquezas e fragilidades. Nesse momento, precisam sentir que não vão ser julgados e essa sensação remete aos amigos”, afirma.


5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz
“Esse arrependimento é uma conseqüência das outras escolhas. É um resumo dos outros para alguém que abriu mão da própria felicidade”.
“Não é uma questão de ser egoísta, mas é importante para as pessoas ter um compromisso com a realização do que elas são e do que elas podem ser. Precisam descobrir do que são capazes, o seu papel no mundo e nas relações. A pessoa realizada se faz feliz e faz as pessoas que estão ao seu lado felizes também”, explica.
“A minha experiência mostra que esse arrependimento é muito mais dolorido entre as pessoas que tiveram chance de mudar alguma coisa. As pessoas que não tiveram tantos recursos disponíveis durante a vida e que precisaram lutar muito para viver, com pouca escolha, por exemplo, muitas vezes se desligam achando-se mais completas, mais em paz por terem realmente feito o melhor que podiam fazer. Para quem teve oportunidade de fazer diferente e não fez, geralmente é bem mais sofrido do ponto de vista existencial”, alerta.
Dica da especialista


“O que fica bastante claro quando vejo histórias como essas é que as pessoas devem refletir sobre suas escolhas enquanto têm vida e tempo para fazê-las”.
“Minha dica é a seguinte: se você pensa que, no futuro, pode se arrepender do que está fazendo agora, talvez não deva fazer. Faça o caminho que te entregue paz no fim. Para que no fim da vida, você possa dizer feliz: eu faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito”.


De acordo com Dra. Ana Cláudia, livros como este podem ajudar as pessoas a refletirem melhor sobre suas escolhas e o modo como se relacionam com o mundo e consigo mesmas, se permitindo viver de uma forma melhor. “Ele nos mostra que as coisas importantes para nós devem ser feitas enquanto temos tempo”, conclui a médica.

PESSOAS QUERIDAS

Claro que já compreendes que a pessoa querida é um mundo à parte, muitas vezes com sentimentos e raciocínios muito diversos dos teus.

* * *

Entendamos a situação de cada individualidade, dentro do contexto de necessidades e provas de que se faça portadora e respeitemo-la na problemática que apresente.

* * *

Incentivemos os familiares queridos a fazerem o melhor de si mesmos, sem, no entanto, desconsiderar-lhes a vocação para as tarefas mais simples.

* * *

Atendamos ao imperativo do diálogo construtivo em que as nossas sugestões de melhoria possam ser plenamente enunciadas.

* * *

Se os nossos roteiros mais nobres não forem atendidos, desde que estejamos tratando com criaturas a quem as leis humanas já conferiram os direitos da maioridade, seria violência de nossa parte encarcerá-las em nossos pontos de vista.

* * *

Planejamos a ventura conjugal para nossos filhos, enquanto na Terra, entretanto, na hipótese de haverem nascido para uniões de resgate difícil, seria perigoso compelí-los à fuga do caminho a percorrer.

* * *

Estimaríamos honorificar descendentes amados com os títulos acadêmicos do mais alto porte, todavia muitos terão vindo até nós, quando no Plano Físico, para os mais rudes encargos, cabendo-nos respeitá-los.

* * *

Se almas queridas jazem caídas no erro, quando terão vindo ao mundo com a promessa de superar induções à queda, não as reprovemos ou condenemos de modo algum e sim saibamos deixar-lhes o caminho livre, tanto quanto possível, para fazerem da vida que lhes é própria o que melhor lhes pareça.

* * *

Não obrigues ninguém a viver conforme os teus padrões de comportamento, de vez que não suportarias imposições alheias em teu modo de ser.

* * *

Em suma: conserva a serenidade ante as escolhas do próximo e vive a própria vida, deixando aos outros a liberdade de viver a existência que Deus lhes concedeu.

Emmanuel

CD-audiolivro: Viajantes

Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos,

organização e interpretação de Fernando Peron

Vinha de Luz Serviço Editorial

Livro: Calma

Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

ANIMAIS REENCARNAM

O princípio inteligente no mundo espiritual

Reflitamos: a reencarnação, como sabemos nós, os espíritas, é uma das sublimes bênçãos de Deus aos Seus filhos - os seres vivos, todos; tal é o ciclo da Evolução, Lei Divina, amplamente exposta por Kardec, no Livro dos Espíritos e praticamente em todos os livros da Doutrina Espírita; um dos postulados da reencarnação, para seres humanos, é, justamente, o esquecimento do passado. Esquecimento, mas jamais perda da individualidade, da personalidade, do caráter. Os animais, após a desencarnação, segundo Kardec (Q. 600 de "O Livro dos Espíritos"), embora mantendo também sua individualidade, são agrupados e mantidos sob cuidados de Espíritos especializados; neles, a reencarnação não se demora. No livro "Evolução em Dois Mundos" (Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira), do autor espiritual André Luiz, psicografia de F.C.Xavier/W.Vieira, encontramos: A girencefalia (característica dos cérebros com circunvoluções, o que possibilita uma maior área cortical de córtex. Exemplo: cérebro dos primatas) e a lissencefalia (condição de cérebro sem circunvoluções, o que resulta em pequena área cortical) obedecem a tipificações traçadas pelos Orientadores Maiores, no extenso domínio dos vertebrados, preparando o cérebro humano com a estratificação de lentas e múltiplas experiências sobre a vasta classe dos seres vivos.
À maneira de crianças tenras, internadas em jardim de infância para aprendizados rudimentares, animais nobres desencarnados, a se destacarem dos núcleos de evolução fisiopsíquica em que se agrupam por simbiose, acolhem a intervenção de instrutores celestes, em regiões especiais, exercitando os centros nervosos. (Capítulo 9 - Evolução e Cérebro, p. 67- 68). Nomearemos o cão e o macaco, o gato e o elefante, o muar e o cavalo como elementos de vossa experiência usual mais amplamente dotados de riqueza mental, como introdução ao pensamento contínuo. (Capítulo 18 "Evolução e destino", página 212). Quanto aos seres mais evoluídos no reino animal, dentre os quais os cães, símios, bovinos, equinos, felinos (gatos, em particular), golfinhos e outros , embora não possamos afirmar, com inteira convicção, é muito provável, mas muito mesmo, que os criados em ambiente doméstico e que foram amados por seus donos, ao convívio deles talvez retornem, a breve tempo após a desencarnação. O Amor é a mais sublime vertente do Universo, por isso foi que o Apóstolo João recitou: "Deus é amor!" (I João, 4:8). Amor é linguagem universal, entre todos os seres vivos. Fazemos essa citação para analisar que é muito provável que animais recém-desencarnados, embora não tenham condições de se manifestar, certamente recebem as boas vibrações de amor daqueles que os amaram, quando encarnados.
REGISTRAMOS COMO SIMPLES SUPOSIÇÃO: em casa, temos 99% de suspeitas de que alguns dos nossos gatos (somos "gateiros de carteirinha", embora minha esposa e meus dois filhos amemos a todos os animais) são a reencarnação de alguns que, conquanto tenham feito a grande viagem, deixando profundas marcas de saudade em nossos corações, são sim os mesmos. Pois só quem convive com gatos há 26 anos, por exemplo, como nós, pode perfeitamente avaliar os costumes dos felinos, cada qual tendo seu canto próprio, suas manias, sua linguagem, sua forma de demonstrar gratidão, medo, carinho, fome, etc. Em casa, tivemos gatos que conosco conviveram por 14, 15 e até 16 anos. Atualmente, só gatos jovens a Baixinha, com 14 anos, a Ventania com 8 e o Tiziu, com 3 meses. Ora, quando um gato, dentre tantos, repete os mesmos gestos e apresenta os mesmos costumes, permitimo-nos conjeturar que pode ser a reencarnação de um daqueles que já havia morado conosco e que procedia exatamente assim. Assim dentro do quadro de animais domésticos desencarnados, que foram amados por seus donos, sabendo que por pouco tempo permanecem no plano espiritual, embora não possamos afirmar com inteira convicção, é muito provável, mas muito mesmo, que àquele convívio terreno retornem, a breve tempo após a desencarnação. Não sendo improvável, da mesma forma, que se nossa desencarnação for próxima à deles, talvez possamos encontrá-los no plano espiritual, considerado nosso patamar evolutivo e principalmente nosso merecimento. É uma esperança! (EURIPEDES KÜLL)