sábado, 30 de abril de 2011

Jornal Espírita 12ª Edição

ANIVERSÁRIO DE 2 ANOS

Edição Bimestral

Maio / Junho – 2011 – nº12

Responsáveis: Fernanda Mª Alves de Souza

                     William Alves de Oliveira

 

ESTUDANDO KARDEC

 

“PELO CORREIO DA MEDIUNIDADE”

Já são conhecidos, ao longo do tempo, os benefícios da mediunidade em prol da humanidade. Inicialmente disciplinada e orientada pela Doutrina Espírita – especialmente pelas lúcidas instruções contidas em O Livro dos Médiuns, que em 2011 alcança seus 150 anos de publicação – e depois pelas bênçãos das psicografias consoladoras em cartas daqueles que partiram antes aos amores que ficaram nas saudades da ausência física.

Chico Xavier, exemplar medianeiro, psicografou milhares de cartas consoladoras. Muitas delas se transformaram em livros, o que também ocorre com Divaldo e outros médiuns comprometidos com o bem preconizado pelo Espiritismo. O fato real é mesmo que, seja no conforto moral ou nas instruções doutrinárias, o correio da mediunidade se traduz em extraordinário instrumento ou ponte entre o mundo dos espíritos e aquele em que nos situamos, dos encarnados, de imensos desafios gradativos de aperfeiçoamento. Instrumento que educa, ensina, orienta, conforta, explica e aproxima. Basta pensar e ampliar o assunto nos socorros prestados a espíritos dementados ou desequilibrados, sofredores de toda ordem e atendidos pelos benefícios das chamadas reuniões mediúnicas e de desobsessão, como conhecidas. Quantos dramas expostos e atendidos? Impossível mensurar. Todavia, simultaneamente, quanto aprendizado aos participantes encarnados?

É mesmo um imenso caminho de bênçãos e aprendizados pela mediunidade.

Há que se considerar, entretanto, a responsabilidade envolvida e a necessidade permanente de estudo e disciplina com a questão. A obra sesquicentenária, mais do que nunca, precisa ser divulgada, estuda, conhecida, para evitar-se os desvirtuamentos próprios e sempre decorrentes da falta de estudo e orientação trazida pelos códigos doutrinários.

Como empenhar-se em tarefa de tal gravidade sem conhecimento e perseverança? É o desafio a que somos chamados, como pesquisadores, estudiosos, médiuns, dirigentes, palestrantes, escritores e mesmo na condição comum de adeptos do Espiritismo que solicita estudemos seu conteúdo para não cairmos no fanatismo e no misticismo, tão prejudiciais e incoerentes com a salutar prática e vivência do Espiritismo.

Mas nosso objetivo maior na presente abordagem é mesmo destacar o aspecto consolador da mediunidade. Para isso busco o livro Maior que a vida, da Lucy Dias Ramos, de edição da Federação Espírita Brasileira. Lucy é conhecida articulista espírita e autora com vários livros publicados e radicada em Juiz de Fora-MG. Lucy viveu a experiência da desencarnação muito próxima do marido e da filha mais velha.

No capítulo 26 da citada obra a autora, como em toda obra, traduz seus sentimentos com relação à chamada “perda familiar” que o Espiritismo explicou com racionalidade sobre temporalidade da questão da separação de entes-queridos. Mas Lucy abre seu coração ao leitor com considerações muito confortadoras para todos os casos de separação que se verificam todos os dias no planeta, face à nossa condição de seres imortais habitando corpos perecíveis...

Nesse propósito ela inclui no livro a psicografia de sua filha Sandra, transmitida à médium Suely Caldas Schubert em agosto de 2009. O espírito dirige-se ao marido, aos filhos e demais familiares, à própria mãe e aos amigos mais próximos com o perfil próprio da serenidade e do conhecimento que se depara com a realidade palpável da imortalidade, condição de todos nós, os filhos de Deus. Em determinado trecho, destaca: “(...) vocês é que estão viajando, eu regressei da viagem, estou de volta ao Lar (...)” . Interessante observação essa a merecer nossa reflexão diante da morte. E afirma depois: “(...) Os laços afetivos são indissolúveis e hoje tenho nova dimensão dos sentimentos nobres, dos valores que já procurava cultivar, mas que agora são a motivação maior de minha vida, porque não preciso mais manter as preocupações da vida física, com suas dificuldades, bloqueios, falta de tempo, enfim, uma série de situações que nos tiram do foco central de nossa vida de Espíritos imortais (...)”.

Quase concluindo, dirige-se ao marido: “(...) Carlos, estou a seu lado sempre que posso. Seu amor e dedicação iluminaram minha vida. (...)”; depois também aos filhos e diz aos irmãos: “(...) que saudades! Nosso querido pai os acompanha e ajuda-os a viver a vida, como aos netos e toda a família (...)”.

E tudo isso pelo correio da mediunidade, sublime instrumento de intercâmbio entre os afetos que não se esquecem. Notável mecanismo de educação e orientação para a humanidade. Como desconhecê-la ou desprezá-la? Não! É preciso mesmo estudar para entender seus mecanismos e uso coerente que traz bênçãos como essa, tão comum entre os seres que se amam...

Referida abordagem surgiu-me ao encontrar o comentário sobre o livro, produzido pelo amigo Rogério Coelho, de Muriaé-MG, e publicado no boletim LUZ NO CAMINHO, da Sociedade Muriaeense de Estudos Espíritas, nr. 163, de janeiro de 2011.

Colaboração: – Orson Peter Carrara

 

“JESUS”

    "E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim". João 12:32
Enquando fulguravam em ouro os raios do astro-rei, banhando a Natureza de incomparável festa de luz, foram pronunciadas as últimas palavras, ditas as instruções finais e significativas, e delineadas as rotas para as tarefas do futuro. Nimbado por indefinível claridade, Ele ascendeu lentamente, ante a explosão de lágrimas dos companheiros e as esperanças de redenção pelo trabalho no porvir.

A montanha, na Betânia, diminuía, os horizontes do mundo se ampliavam e os Seus olhos banhavam de ternura o fecundo campo de trabalho, onde as flores do amor deveriam desabrochar, através dos tempos, sob Sua inspiração.

Convivera entre aquelas gentes simples estabelecendo as bases da edificação fraterna para os espíritos.

Apagara-se para ministrar humildade e descera para melhor servir.

Dispensara intermediários nos seus planos e viera, Ele mesmo, participar dos mínimos preparativos, demorando-se cada dia e a todo instante, no mais acendrado desvelo, de modo a infundir pelo exemplo, as lições firmes do dever e da abnegação.

Prevendo as consequências políticas, sociais e espirituais da Sua mensagem na História dos tempos, podia divisar, desde já, as legiões dos que se deixariam sacrificar e seviciar, permanecendo fiéis aos postulados da Verdade até à morte infamante...

Assim pensando, o Rabi se inundou de inusitada alegria.

Os conquistadores preparavam soldados e mercenários, infundindo terror e utilizavam-se das estratégias bélicas, estabelecidas pela impiedade, pela espionagem, pela traição. Combatiam corpos, espoliavam cidade, esmagavam as aspirações dos povos enfraquecidos...

Ele chegara anônimo e partia espezinhado. Legara, porém, aos que ficaram confiantes, a armadura da paciência, as armas do amor e a estratégia do bem incessante e infatigável...

O campo, talvez ficasse muitas vezes juncado de cadáveres... cadáveres dos seus legionários que se dariam ao sacrifício, mas que jamais sacrificariam outrem.

Oferecera-lhes os instrumentos desconhecidos, até então, da concórdia e da mansidão, e inaugurara um estranho e singular modo de combater: o combate da não-violência.

Para Ele, por essa razão, no entanto, aparentemente não houve lugar... Todavia, das lições vivas e incorruptíveis do Seu amor brotaram bênçãos e o punhado de Espíritos revestidos pelas vestes carnais que ficavam na retaguarda, paulatinamente, alcançariam os altos e inamovíveis objetivos a conquistar logo mais.

Eram singelo pólen, que, entretanto, fecundaria a humanidade inteira, vencendo as distâncias e os tempos.

No infinito das horas, chegaria o momento da comunhão final com os amados e o triunfo total sobre as misérias que convulsionavam as mentes e os corações.

Recordou-se daqueles homens e mulheres arrancados dos seus quefazeres diários para a incomparável jornada do socorro fraternal. Nem eles mesmos se aperceberam da significação profunda do "abandonar tudo e segui-lO".

Acarinharam, meses a fio, estranhas e ingênuas esperanças; lutaram entre si disputando primazia, sonharam quiméricos triunfos, aspiraram a honrarias banais... Agora, lentamente, aclaradas as interrogações que perturbavam a faculdade de raciocinar e nublavam os seus sentimentos vacilantes, podiam pressentir a elevada responsabilidade de que se encontravam, por fim, investidos.

Sairiam pela terra, qual discreto pergume de poderosa impregnação e, por onde passassem, sem o perceberem, deixariam sinais inapagáveis.

Escolhera-os, de diversas procedências, corações comprometidos com os vários misteres do dia a dia.

A uma mulher habituada aos coxins de seda e à sedução, oferecera valor e forças para, renovada, ser exemplo vivo da vitória do espírito sobre a carne putrescível.

Tocara jactancioso "doutor da Lei", ensejando-lhe penetração profunda no complexo mecanismo dos renascimentos purificadores.

Acenara a um administrador fiel as esperanças do Reino, restituindo-lhe a filha enferma, em eloquente atestado sobre o valor da saúde espiritual...

Confundira com o verbo simples e as atitude desataviadas, os hipócritas e mentirosos, os enganadores eos que se compraziam na malversação dos valores de toda natureza.

Os amigos, íntimos comensais de toda hora, escolhera-os entre as funções modestas do povo, adestrando-os em regime de austera disciplina e incessante afeição para as lutas intermináveis da dedicação sem limite...

Sabia que a Sua voz, eles a levariam cantando, suarentos e trôpegos, mas resolutos e conscientes, a todos os espíritos lenindo as terríveis ulcerações que minavam o organismo da humanidade.

As mãos da cupidez e da criminalidade se levantariam, todas as torpezas seriam arregimentadas, a mais infames armas seria utilizadas contra, enquanto eles ficariam fiéias ao Seu testemunho, percorrendo a Terra.

Podia vislumbrar as labaredas e as cruzes, os animais e os gládios, as crueldades ímpares e as perseguições implacáveis que movimentariam contra eles, sem lhes diminuírem o ânimo nem lhes quebrantarem a coragem, pois que se sustentavam na Igreja da Revelação assentada na rocha da Verdade, com a argamassa do Seu sangue e o selo da Sua ressurreição, ficando reservado ao futuro o resultado do Seu exílio por amor...

O cordeiro confraternizaria com o lobo e o joio cederia lugar ao trigo, enflorescendo a gleba humana com as bênçãos da paz integral.

"Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens" - entoavam as vozes angélicas, saudando o Rei Excelso que chegava ao sólio do Altíssimo.

O Divino Amigo, além da esfera de sombras em que ficaram os homens embrulhados em paixões e ansiedades, com o espírito tímido de confiança, abriu os braços e todo harmonia balbuciou, pensando naqueles que O seguiriam através dos tempos:
   "Pai Nosso, que estais no Céu"..., retornando ao seio dAquele que O enviou, sem se apartar, porém, dos lutadores da retaguarda terrena, até a "consumação dos evos".
                                                                   * * *
Desde então, o sofrimento e a dor encontraram amparo em débeis mãos que se fortalecem ao contato do trabalho cristão.

Por onde passe a hidra da guerra, semeando cadáveres e destruição, seguem empós, corações abnegados, atendendo à viuvez, à orfandade, ao abandono e à miséria.

Não mais a impiedade se instalou na Terra nem a perseguição conseguiu pleno triunfo.

Em toda parte Ele tem estado presente e o simples enunciado do Seu nome é vigoroso estímulo para a liberdade e a paz do espírito.

Não triunfando no mundo, Jesus venceu todas as vicissitudes e estabeleceu as balizas do Novo Mundo da Humanidade Feliz, em cuja construção estamos unidos todos nós, desencarnados e encarnados, no exercício da aprendizam e vivência evangélica.
   AMÉLIA RODRIGUES


(Do livro "Primícias do Reino", psicografia de Divaldo Franco)

Colaboração: Rose Moliterno

 

TEMA LIVRE

 

“ADVOGADA LANÇA LIVRO QUE DEFENDE DIREITO À VIDA DE FETOS SEM CÉREBRO”

O livro "'OS FETOS ANENCÉFALOS E A  CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988", da advogada e professora universitária Patrícia Freitas, foi lançado  no dia 11/04/2011, pela Editora Ícone, as 18h30, na Livraria Saraiva do Boulevard Shopping. (Belém PA)

O livro, cujo prefácio foi escrito pelo jurista Ives Gandra Martins, é fruto de dissertação de Mestrado da autora. Na obra, a advogada, propõe a reflexão acerca da interferência que o homem, pautado no amparo da ciência, tem em decidir sobre a vida de um bebê anencéfalo (ausência parcial do encéfalo e da calota craniana).

A descriminalização do aborto em caso de gestação de feto anencéfalo é um dos temas mais controversos em tramitação no STF. Hoje, o Código Penal Brasileiro só autoriza o aborto em casos de estupro ou quando a gravidez põe em risco a vida da mãe. Devido a repercussão que o assunto teve nacionalmente  e a polêmica que gira em torno dele, a autora decidiu adaptar a dissertação de mestrado em um livro. "Apesar do sofrimento materno, o aborto é um crime para o direito penal”, defende a autora.

A partir do art. 5o. e incisos da Constituição Federal brasileira, de 1988, que determina que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança, e à propriedade, nos termos seguintes, a autora analisa na obra as argumentações favoráveis e contrários sobre o tema, fazendo um contraponto entre o voto a favor do ministro do STF, Marco Aurélio, e o voto contra do ex-procurador geral, Cláudio Fonteles.         

"Eu considero no livro a possibilidade do feto também ser defendido num processo judicial de autorização de aborto", afirma a advogada que se posiciona contra o aborto de bebê anencéfalo. "Eu entendo que eles estão vivos no ventre materno e como a Constituição defende o direito á vida, eles também devem ser defendidos, apesar da expectativa de vida após o nascimento ser pequena", diz ela, ao destacar a citação da médica do Hospital das Clínicas de São Paulo, Elma Zoboli: "discutir-se se o anencéfalo é ou não pessoa nos remete à discussão bizantina do início da colonização, onde se perguntava se o índio e o negro eram ou não pessoas, com o intuito de escravizá-los e discriminá-los nos seus direitos inalienáveis".

No livro, a advogada aborda tanto a questão jurídica que o assunto envolve quanto a questão ética. "Eu abordo o uso do princípio do devido processo legal na defesa do feto anencéfalo, considero os princípios da bioética para a defesa da vida desde a concepção, analiso os argumentos no tribunal e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, (ADPF)", explica. 

Patrícia Marques Freitas é advogada, professora universitária e mestre em Direitos Constitucionais pela PUC-SP. Também é especialista em Direitos Difusos e Coletivos pelo Centro Universitário do Pará (Cesupa), instituição onde atua como docente atualmente. A autora também é associada ao Instituto Brasileiro de Direito Constitucional (IBDC).

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Obs: o valor do livro é R$ 28,00, de 136 páginas, e pode ser solicitado -

www.editoraicone.com.br/iconevenda@iconeeditora.com.br ou comprado em alguma livraria de sua cidade.

 

Nota: quem desejar ler a dissertação de mestrado em Direito da autora “O Principio do devido processo legal na defesa dos fetos anencéfalos“, acesse o link http://www.sapientia.pucsp.br/tde_arquivos/9/TDE-2009-04-23T07:44:31Z-7398/Publico/Patricia%20Marques%20Freitas.pdf

Colaboração: Jefferson Modesto

VALE A PENA CONFERIR!!!

 

  GRANDES VULTOS DO ESPIRITISMO

 

DIVALDO PEREIRA FRANCO

Divaldo é um verdadeiro apóstolo do Espiritismo. Dos seus oitenta e três anos, sessenta e três foram devotados à causa Espírita e às crianças excluídas, das periferias de sua Salvador. Nasceu em 5 de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana, Bahia, e desde a infância se comunica com os espíritos. Cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, recebendo o diploma de professor primário, em 1943. Trabalhou como escriturário no antigo IPASE, em Salvador, aposentando-se em 1980.

É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores Espíritas da atualidade e o maior divulgador da Doutrina Espírita por todo o Mundo.

Seu currículo revela um exímio e devotado educador com mais de 600 filhos adotivos e mais de 200 netos e bisnetos, atendendo atualmente a cerca de 3.000 crianças, adolescentes e jovens de famílias de baixa renda, por dia, em regime de semi-internato e externato.

Orador com mais de 13.000 conferências, em mais de 2.000 cidades em todo o Brasil e em 64 países dos 5 continentes, tendo concedido 1.500 entrevistas para rádio e TV, no Brasil e no Exterior. Recebeu mais de 600 homenagens, de instituições culturais, sociais, religiosas, políticas e governamentais.

Como médium, publicou 250 livros, com mais de 8 milhões de exemplares, onde se apresentam 211 Autores Espirituais, muitos deles ocupando lugar de destaque na literatura, no pensamento e na religiosidade universais. Dessas obras, houve 92 versões para 16 idiomas (alemão, albanês, catalão, espanhol, esperanto, francês, holandês, húngaro, inglês, italiano, norueguês, polonês, tcheco, turco, russo, sueco e sistema Braille). Além de 17 escritos por outros autores, sobre sua vida e sua obra. A renda proveniente da venda dessas obras, bem como os direitos autorais foram doados, em Cartório, à Mansão do Caminho e outras entidades filantrópicas.

Espírita convicto, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção em 7 de setembro de 1947.

Dois anos depois, iniciou a sua tarefa de psicografia. Diversas mensagens foram escritas por seu intermédio. Sob a orientação dos Benfeitores Espirituais guardou o que escreveu, até que um dia recebeu a recomendação para queimar tudo o que escrevera até ali, pois não passava de simples exercício. Com a continuação, vieram novas mensagens assinadas por diversos Espíritos, dentre eles: Joanna de Ângelis, que durante muito tempo apresentava-se como Um Espírito Amigo, ocultando-se no anonimato à espera do instante oportuno para se identificar. Joanna revelou-se como sua orientadora espiritual, escrevendo inúmeras mensagens, num estilo agradável repassado de profunda sabedoria e infinito amor, que conforta as pessoas necessitadas dando diretriz espiritual.

Em 1964, Divaldo, sob orientação de Joanna de Ângelis, selecionou várias mensagens de autoria da mentora e enfeixou-as no livro Messe de Amor, que se tornou o primeiro livro psicografado por Divaldo. Atualmente, o médium é recordista e conta com 250 títulos publicados, incluindo os biográficos que retratam sua vida e obra.

MANSÃO DO CAMINHO

Divaldo Pereira Franco é emérito educador. Fundou em 1952, na cidade de Salvador, Bahia, com Nilson de Souza Pereira, a Mansão do Caminho, instituição que acolheu e educou crianças sob o regime de Lares Substitutos.

Em 20 Casas Lares, educou mais de 600 filhos, hoje emancipados, a maioria com família constituída.

Na década de 60, iniciou a construção de escolas, oficinas profissionalizantes e atendimento médico.

Hoje, a Mansão do Caminho é um admirável complexo educacional com 83.000 m2 e 50 edificações que atende a 3.000 crianças e jovens de famílias de baixa renda, na Rua Jaime Vieira Lima, n° 1, Pau da Lima, um dos bairros periféricos mais carentes de Salvador. O complexo atende a diversas atividades sócioeducacionais como: enxovais, Pré-Natal, Creche, escolas de ensino fundamental e médio, Informática, Cerâmica, Panificação, Bordado, Reciclagem de Papel, Centro Médico, Laboratório de Análises Clínicas, Atendimento Fraterno, Caravana Auta de Souza, Casa da Cordialidade e Bibliotecas.

Mais de 35.000 crianças passaram, até hoje, pelos vários cursos e oficinas da Mansão do Caminho. A obra é basicamente mantida com a venda dos livros mediúnicos e das fitas gravadas nas palestras, seminários, entrevistas e mensagens por Divaldo.

HOMENAGENS

Divaldo Franco recebeu homenagens em diversos países e cidades da América do Norte, Central, do Sul, Europa e África:

• 20 Comendas

• 334 Placas de prata, douradas e bronze

• 54 Medalhas

• 49 Troféus

• 43 Moções de Congratulações

• 187 Diplomas e Certificados

• 12 Títulos Honoríficos significativos.

Dentre todas essas maravilhosas homenagens, destacam-se:

• 1991 - Título Honoris Causa em Humanidades, pelo Colégio Internacional de Ciências Espirituais e Psíquicas, em Montreal, Canadá em 23.05.1991.

• 1997 - Decreto de Ordem do Mérito Militar, 31.03.1997, pelo Presidente da República do Brasil.

• 2001 - Medalha Chico Xavier, do Governo do Estado de Minas Gerais.

• 2002 - Título de Doutor Honoris Causa em Humanidades, pela Universidade Federal da Bahia.

• 2002 - Homenagem da Universidade Estadual de Feira de Santana.

• 2005 - Título de Embaixador da Paz no Mundo, junto com o amigo Nilson de Souza Pereira. O título foi recebido em Genebra, na Suíça, em 30 de dezembro de 2005, pela Ambassade Universalle Pour la Paix.

Em junho de 2008, em Paigton, no Sudoeste da Inglaterra, recebeu do monge tibetano Kelsang Pawo, da Fundação Kelsang Pawo, que se dedica a proteção de crianças em perigo em todo o mundo, o título de Embaixador da Bondade no mundo.

FONTE: http://www.divaldofranco.com/biografia.php

 

TOME NOTA

 

“A VOLTA DO DR ELIAS BARBOSA À ESFERA MAIOR”

Quando fui ver a minha correspondência eletrônica, na noite de ontem, deparei com uma correspondência de nosso amigo o Sr.Earle de Oliveira, de há muito residente em Belo Horizonte, que informava sobre a desencarnação de nosso amigo, conterrâneo, confrade e benfeitor de minha família o estimadíssimo Dr.Elias Barbosa. Fiquei bastante surpreso, entretanto, naquele momento mesmo, fiz uma leitura em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e orei pelo feliz despertar de nosso amigo na verdadeira e original vida, e pedi à Espiritualidade Maior confortasse os seus entes queridos.

Lembro-me como se fosse ontem, eu ainda era uma criança em nossa Monte Carmelo e o via passar em frente à alfaiataria de nosso genitor o Sr.Leonardo di Nápoli Filho, juntamente com outros amigos de lá, seus colegas de juventude, quais sejam: Marival Veloso de Matos, Waldo Vieira, Rivail França e outros que não me ocorre o nome no momento, naquela ocasião ele era um estudante universitário de Medicina em Uberaba.

Anos mais tarde, nosso genitor e nossa genitora resolveram que deveríamos mudar para Uberaba para podermos estudar e termos uma profissão e pra lá fomos no início de 1965. Aos 12 anos de idade fui iniciar minhas atividades para ganhar um dinheirinho numa loja que vendia material para Odontólogos e estudantes de Odontologia. Sempre que possível o Dr. Elias passava por lá. Sempre que ele chegava à loja, vinha logo cumprimentando-me dizendo: Bom dia mestre e cumprimentava também a Srta. Dalva Borges, responsável pela loja. Dialogava por um bom tempo com ela e eu ali ao lado instruindo-me com o querido Dr.Elias. Isto ocorreu por mais de um ano e em muitas oportunidades pedia a ele para doar-me algumas vitaminas de amostra grátis e não foram poucas vezes que ele me solicitava pra ir ao seu consultório para pegá-las na Rua Tristão de Castro, 30, tempos depois ele transferiu-se pra mesma rua um quarteirão à frente.

Doutor Elias Barbosa, um legítimo homem de bem, era professor catedrático de Farmacologia na Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro hoje Universidade Federal do Triângulo Mineiro onde meus dois irmãos gêmeos tiveram a honra de serem seus alunos. Especializou-se também em Psiquiatria, tendo exercido esta especialidade em seu consultório e também no Sanatório Espírita de Uberaba com verdadeiro amor. Foi um missionário da Medicina por mais de 50 anos.

Sempre teve uma atenção e estima por nossa família, não só porque somos seus conterrâneos, mas pela sua generosidade de um homem de expressão humana de grande quilate.

Sua esposa, dona Candinha que era carinhosamente chamada por todos do movimento espírita Uberabense, foi e é uma companheira de primeira grandeza. Estamos rogando à Jesus robustecê-la neste momento de separação provisória, bem como aos seus filhos e netos.

Faz muitos anos que não o víamos fisicamente, mas ele sempre esteve em nossos corações e pensamentos. Sempre foi uma referência de espírita atuante no Movimento, homem sereno, atencioso, desprovido de qualquer expressão de personalidade terrena, era singelo e simples na presença, conquistava pelo seu bom magnetismo espiritual, foi fiel à Doutrina até o fim da romagem terrena. Conviveu e biografou o nobre Chico Xavier com muito empenho, sinceridade e amor, em que hoje estamos comemorando os 101 anos do Singular Médium de Pedro Leopoldo e Uberaba. Creio que o querido benfeitor Chico Xavier veio recebê-lo com grande afeição e acolhimento, porque o Dr.Elias Barbosa fez por merecer.

Estará ele nas fileiras espirituais dando continuidade ao seu serviço e trabalho de ajuda à Humanidade, principalmente àqueles com maiores dificuldades do que nós, para a libertação espiritual rumo ao progresso a que todos estamos fadados.

Quero dar um até breve ao estimado amigo e benfeitor, homenageando-o como preito de eterno agradecimento. Um dia estaremos fraternizando na Espiritualidade, se Deus quiser.

Que Nosso Senhor Jesus Cristo o abençoe sempre, dentro da solidariedade e fraternidade cristãs,

Bittencourt Rezende di Nápoli,

Brasília, 02.04.2011

 

“NOSSO QUERIDO IRMÃO WALDACIR VELOSO”

No dia 19/08/1926, o casal Olímpia da Mata Veloso e Joaquim Veloso Matos recebiam com grande alegria o seu segundo filho, dos treze que viriam formar a sua equipe biológica. Deram-lhe o nome de Waldacir Veloso, lá em Buritis-Mg.

Waldacir juntamente com seu irmão mais velho (Bendito Veloso), foi um auxiliar de seus pais para criar uma família tão numerosa.

Constituiu a sua família casando-se com Rosaria dos Reis Veloso (desencarnada), tendo oito filhos: Alcione Antonia Veloso, Abílio César Veloso, Joaquim Amâncio Veloso, Waldacir Veloso Filho (Wadim), Paulo Roberto Veloso (desencarnado), Wander dos Reis Veloso, Ana Olímpia Veloso e Valeria Cristina dos Reis Veloso.

Em meio aos seus costumes tinha o nosso querido irmão hábitos salutares: vivia sempre alegre e sorridente, conversava amistosamente com todo mundo, era excelente leitor e conhecia todos os livros de Irmão X, na psicografia de Chico Xavier e tinha como obrigação participar da confecção da sopa no sábado no Centro Espírita Humildade, Amor e Luz e no domingo nas dependências do Lar dos Idosos.

Guardamos ótimas recordações do nosso querido irmão. Particularmente dá-me prazer em publicar que devo inúmeros favores ao caro Waldacir que no dia 06 de Março, deixou-nos retornando à pátria Espiritual.

Dá-me a impressão que a saudade vem por antecipação, parece que ela é antiga no meu coração. Ainda bem que saudade é o amor que ficou.

Waldacir meu amado amigo, e que Jesus inunde tua alma de paz e alegria.

Quincas Veloso,

Monte Carmelo, 08/04/2011

 

 

“EM DESTAQUE”

 

Dando sequência ao estudo do livro “Pisando na bola” de Richard Simonetti:

TERCEIRA PARTE

FAMÍLIA

Poucos são os homens chamados a governar cidades ou impérios, porém cada qual está obrigado a governar, sábia e prudentemente, sua família e sua casa.

Plutarco

PAIS DIVORCIADOS

1 - Sou Inseguro e introvertido. Posso atribuir esses sentimentos ao fato de que meus pais se separaram quando eu era apenas um garoto?

As limitações de nossa personalidade podem ser acentuadas ou minimizadas, de conformidade com o ambiente em que vivemos, particularmente na infância. No fundo, porém, constituem nossa herança psicológica de outras vidas, o substrato do que fomos no pretérito. Por isso é temerário afirmar serem a insegurança e a introversão frutos de um lar desfeito.

2 - Viver num lar sem pai ou sem mãe é fatalidade, destino?

Se assim fosse seus pais estariam destinados ao desentendimento e à separação. Ninguém reencarna com esse objetivo.

3 - Então a culpa é deles próprios?

Jesus dizia que a separação ocorre por causa da dureza de nossos corações.

4 - Fui vítima, então, da imaturidade e da intransigência de meus pais?

As contingências da vida alteram-se de conformidade com o livre-arbítrio das pessoas, mas jamais enfrentaremos dores e limitações imerecidas.

5 - De qualquer forma, posso considerar tal situação como uma provação que não escolhi, resultando da situação gerada por eles?

O aluno aplicado trata de resolver o problema que lhe é apresentado sem questionar a escola ou o professor. Considere ainda que sempre há algo em nosso passado a justificar os problemas do presente.

6 - Por mais que me esforce, sinto dificuldade em harmonizar-me com ambos, na atual conjuntura. Brigo muito com eles. Sou agressivo. Por que não consigo controlar-me?

Inconscientemente você se sente lesado pela separação. Quer puni-los. Daí a agressividade.

7 - Sim, mas se pensassem nos filhos teriam evitado tantos transtornos...

Realmente, o grande problema do relaciona­mento humano é esse. As pessoas pensam muito em si mesmas. Daí as tolices e injustiças que cometem. O mesmo está acontecendo com você. Está com pena de si mesmo. Sente-se infeliz porque o abandonaram. Corta essa, meu amigo. Não perca tempo verrumando feridas. Não perca a existência cultivando a volúpia da mágoa.

8 - Devo perdoá-los...

Perdoá-los de quê? Acaso separaram-se para magoá-lo? Não foram eles vitimas das próprias limitações? Não lhes cobrou a separação pesado tributo de mágoas, angústias e frustrações? Se deseja um relacionamento familiar ajustado, pare com as cobranças. Antes cobre muito de si mesmo. Quando aprendemos a identificar nossas próprias mazelas fica fácil relevar as mazelas alheias.

 

“MEMÓRIA ESPÍRITA”

 

MAIO

dia 01 ano 1880 - nascimento de Eurípedes Barsanulfo  fundador do primeiro colégio espírita no Brasil.

dia 02 ano 1827 - nascimento de Pierre-Gaètan Leymarie

dia 02 ano 1980 - desencarnação de Silvio Canuto Abreu, jornalista, conferencista e pesquisador do Espiritismo.

dia 04 ano 1978 - o Grupo Espírita "Izabel, A Redentora" realiza a 1ª Semana Espírita da cidade, tendo como expositor, no encerramento, o médium Divaldo Pereira Franco

dia 05 ano 1927 - nasce, em Feira de Santana, BA, o médium, orador e educador, Divaldo Pereira Franco. Parte de sua biografia consta em nosso jornal, ítem: Grandes vultos do Espiritismo.

dia 07 ano 1856 - em paris, França, Allan Kardec recebe mensagem do Espírito Hahnemann. Este Espírito confirma a missão de Kardec , de codificar a nova Doutrina.

dia 08 ano 1852 - teve início, nos Estados Unidos da América do Norte, o periodismo espírita mundial, quando surge a primeira folha espírita do mundo ("The Spiritual Telegraph"). Este fato ocorre, portanto, 4 anos após os "Fenômenos de Hydesville"

dia 13 ano 1849 - nasce Elizabeth D'Esperance médium muito conhecida, pelos seus trabalhos de materialização.

dia 20 ano 1837 - nasce Eugène Auguste Albert De Rochas D'Aiglun em Saint-Firmin, França.

dia 21 ano 1874 - dá-se a última aparição do Espírito materializado Katie King, relativo aos trabalhos de pesquisa realizados por William Crookes, através da médium Florence Cook.

dia 22 ano 1874 - nasce, na Inglaterra, o médico e novelista Arthur Conan Doyle, criador da personagem "Sherlock Holmes"; enquanto espírita, foi presidente de honra da Federação Espírita Internacional. Autor do livro "História do Espiritismo".

dia 22 ano 1932 - Surge, em São Paulo, no Centro Espírita Maria de Nazareth, o Primeiro Núcleo de Mocidades Espíritas, de que se tem notícia no Brasil, idealizado por Luiz Gomes da Silva. Consta que o segundo núcleo foi constituído em Santos, em 14 de junho de 1934.

dia 23 ano 1733 - nasce Franz Anton Mesmer médico e estudioso do magnetismo.

dia 27 ano 1832 - nasce, na Rússia, Alexandre Aksakof conselheiro do estado e membro da nobreza russa; espírita e diretor do jornal "Psichische Studien" (Alemanha).

dia 28 ano 1989 - desencarnação de Rafael Américo Raniere. Foi Jornalista e escritor. Exerceu a mediunidade, deixando muitas obras, dentre elas,o livro "Materializações Luminosas".

dia 30 ano 1431 - Joana D'Arc é sacrificada na fogueira, pela inquisição, por manifestar mediunidade ostensiva. Foi canonizada em 1920,pelo papa Bento V. Joana D'Arc nasceu na França,em 03 de janeiro de 1412 (vide maiores detalhes na data referida )

dia 30 ano 1837 - nasce Eugène Auguste Albert De Rochas

dia 31 ano 1883 - Dr. Bezerra de Menezes comunica, por carta, ao irmão em Fortaleza, que aderiu ao Espiritismo.

 

JUNHO

 

dia 04 ano 1925 - desencarnação de Camille Flamarion.

dia 06 ano 1961 - desencarnação de Carl Gustav Jung, famoso pesquisador da moderna psiquiatria. Jung chegou à conclusão da sobrevivência e da comunicação dos espíritos.

dia 10 ano 1900 - desencarnação de Paul Gibier, pesquisador dos fenômenos mediúnicos.

dia 13 ano 1231 - desencarnação de Antônio de Pádua, seguidor de Francisco de Assis. Pádua nasceu em Lisboa, no dia 15/08/1195.

dia 16 ano 1871 - William Crookes entrega à Rainha Vitória da Inglaterra, um relatório confirmando a verdade dos fenômenos mediúnicos.

dia 16 ano 1966 - desencarnação do médium Francisco Peixoto Lins, o "Peixotinho", que produziu materializações luminosas.

dia 19 ano 1950 - Desencarna, no Rio de Janeiro, Leôncio Correia .Foi Presidente da Liga Espírita do Brasil, depois Liga Espírita do Estado da Guanabara.

dia 17 ano 1832 - nasce em Londres,Inglaterra, o sábio, cientista e notável investigador dos fenômenos espíritas "Sir" William Crookes.

dia 21 ano 1866 - desencarnação, em Londres, de Daniel Dunglas Home, famoso médium de efeitos físicos.

dia 24 ano 1943 - desencarnação do escritor e cientista espírita Ernesto Bozzano.

 

 

“LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER”

 

CONSELHO MATERNO


D. Rita de Cássia criava em sua casa, como filho adotivo, um sobrinho de
nome Moacir, menino de onze a doze anos de idade.
Moacir trazia larga ferida na perna, quando a dona da casa mandou
chamar D. Ana Batista, antiga benzedeira da localidade denominada Matuto,
hoje Santo Antonio da Barra, nos arredores de Pedro Leopoldo.
D. Ana examinou a úlcera e informou:
— Aqui só uma “simpatia” dará resultado.
— Qual? — perguntou a madrinha do Chico.
— Uma criança deve lamber a ferida por três sextas-feiras continuadas,
pela manhã, em jejum.
E D. Rita perguntou:
— Chico serve?
A benzedeira observou e declarou:
— Muito bem lembrado.
Isso ocorria numa quinta-feira. À tarde, quando o menino foi à prece, sob
as árvores, encontrou D. Maria João de Deus, em espírito, e contou-lhe,
chorando, que no dia seguinte ele deveria tomar parte na “simpatia”.
— Você deve obedecer, meu filho.
— A senhora acha que eu devo lamber a ferida do Moacir?
— Mais vale lamber feridas que fazer aborrecimentos nos outros — falou o
espírito maternal, — você é uma criança e não deve contrariar sua madrinha.
— E a senhora crê que isso poderá curar o doente?
— Não. Isso não é remédio? Mas dará bom resultado para você mesmo,
porque sua obediência dará tranqüilidade à sua madrinha.
E, vendo que o menino hesitava, continuou:
— Seja humilde, meu filho. Se você ajudar a paz de que precisamos, você
lamberá a ferida e nós faremos o remédio para curá-la.
No outro dia, Chico obedeceu à ordem.
Na sexta-feira imediata repetiu a estranha operação e a úlcera
desapareceu.
Quando lambeu a ferida pela terceira vez, viu o Espírito de sua mãe,
sorridente, ao seu lado.
Extático, viu-a abraçar Dona Rita. E Dona Rita, transformada, acariciou-o,
pela primeira vez, e disse-lhe, bondosa:
— Muito bem, Chico. Você obedeceu direitinho. Louvado seja Deus!
E depois de dois anos de flagelação, o Chico teve a felicidade de passar
uma semana inteira sem garfadas e sem vergões.

 

“REFLEXÃO”

 

Dizem "mulher da alegria",img001
Quando ela passa na rua;
A pobre mãe continua,
Os olhos fitos no chão!...
Quanto fel, quanta agonia
Nessa mulher que condenas!...
Ninguém lhe conhece as penas
Cravadas no coração.


Tristeza no desconforto,
Sem palavra que a revele,
Trapos dourados na pele,
Traz a angústia por dever.
Viúva de um vivo morto,
Ei-la que segue sozinha,
Tem ao longe, a pobrezinha,

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Um filho quase a morrer.
Já bateu a tanta porta,
Já pediu a tanta gente!...
Dói-lhe a ferida pungente
De ter sido mãe sem lar;
Abatida, semimorta,
Apenas vê no caminho
A febre e a dor do filhinho
Que a morte lhe quer roubar.


Tu que cresceste na estrada,
Desde o berço de ouro e rendas,
Entre mimos e oferendas
De paz, segurança e luz,
Fita essa mãe desolada,
Na penúria que a consome...
Talvez que ela tenha fome
Ao peso da própria cruz.


Não lhe zombes da amargura,
Também foi criança, um dia,
Brincava, estudava e ria,
Rosa ao fulgor da manhã;
Também foi bela e foi pura,
Hoje, nas mágoas que trilha,
Podia ser nossa filha
Assim como é nossa irmã.


Mãe na dor!... Bendita seja!...
Escrava de toda hora,
Honra as lágrimas que chora,
Nas dores por onde vai!...
Sem esposo que a proteja,
Sem arrimo, sem tutela,
Em Deus que sofre com ela
Encontra a Bênção de Pai.

Francisco Cândido Xavier.
Da obra: Caridade.
Ditado pelo Espírito Irene de Souza Pinto.


 

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