sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Há 190 anos Joanna de Ângelis partia para a espiritualidade

Joanna Angélica de Jesus nasceu em Salvador em 761. Filha de uma abastada família. Aos 21 anos ingressa no Convento da Lapa como franciscana, com o nome de Sóror Joanna Angélica, entrando na Ordem das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição.
Foi irmã, escrivã e vigária. Em 1815 tornou-se abadessa. Aceitou os votos de silêncio e, como monja enclausurada, jamais podiam vê-la. Atendia a todos através de um véu ou de uma cortina. Tendo atenção especial aos pobres e aos pestosos. Ajudou de modo a atender à Ordem e servir a Jesus. Assim, aceitou uma das mais difíceis tarefas: a de reeducar mulheres equivocadas, as chamadas "arrependidas".

Meses antes do Grito do Ipiranga o povo baiano já lutava contra o domínio português. A luta se prolongou por quase um ano após a proclamação da independência. Em 19 de fevereiro de 1822, os 20100620_joana_de_angelisportugueses atacam o Forte de São Pedro onde estão alojados os combatentes baianos. Os combates se espalham por toda Salvador. Ainda na manhã do dia 19, militares e civis portugueses investem contra o Convento da Lapa alegando que há baianos combatentes escondidos. A abadessa Joana Angélica resiste à invasão do seu Convento e num último gesto para afastar os agressores grita:

"Para trás, bárbaros. Respeitem a casa de Deus. Ninguém entrará no convento, a menos que passe por cima do meu cadáver!" Uma baioneta atravessa o peito da religiosa que veio a desencarnar no dia seguinte, 20 de fevereiro de 1822, tornando-se o símbolo da resistência e mártir da independência.

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