segunda-feira, 3 de junho de 2013

O Espiritismo e a homossexualidade

“Eu sei, e estou certo no senhor Jesus que nada é de si mesmo impuro, a não ser para aquele que assim o considera; para esse é impuro”. Paulo de Tarso - (Rm 14:14).

 

     imagesVale a pena conhecer, para melhor avaliar, o contexto científico em que se formam as opiniões a respeito da homossexualidade de eminentes e respeitáveis pesquisadores e estudiosos espíritas, que se tornaram referencia no tema.
     O psiquiatra Jorge Andrea e o jornalista Herculano Pires são dois espíritas que se fizeram destacados pelos seus trabalhos notáveis em variados temas.
Jorge Andrea é autor do excelente livro As forças Sexuais da Alma, que, apesar de trazer um trabalho riquíssimo em relação ao psiquismo e a energia sexual,
traz igualmente opiniões incisivas e questionáveis do autor a respeito da homossexualidade.
     Ele afirma com opinião pessoal, que a homossexualidade é um “desvio patológico”, e a pratica sexual homossexual uma pratica deformada, com seqüelas doentias para o psiquismo”. Aconselha
como tratamento a “castidade” absoluta e o direcionamento das energias para trabalhos construtivos”.
     Andrea nasceu em 1916, e o livro em questão vem á luz em 1987, sendo apresentadas subliminarmente as teorias da escola psicanalítica e psiquiátrica da época de sua formação acadêmica, que considerava o homossexualidade como doença. Ao abrir o capitulo sobre o tema, ele anota: No terceiro grupo do homossexualismo, o ponto de interesse cientifico é a conotação patológica.
     Mais adiante afirma: O homossexual, pela condição patológica, é um sofredor por excelência e pelas “emoções esgarçadas” é um solitário”, o que
esta em pleno acordo com as posições dos psiquiatras e psicanalistas Bieber e Bergler, da velha escola, citado anteriormente.
     Naturalmente, competente como é, as idéias de Jorge Andrea estavam embasadas no conhecimento cientifico da época, embora não use citações em sua obra.
     Herculano Pires, um dos estudiosos mais respeitáveis na historia do Espiritismo, expressou opiniões fortes e pessoais a respeito da homossexualidade, na mesma época e no mesmo conteúdo histórico. Para ele, a maioria dos casos de homossexualismo, (ele usou este termo, o termo médico) esta ligada á obsessão e particularmente ao vampirismo:


“A psiquiatria materialista, impotente diante da enxurrada, incapaz de perceber a ação parasitaria dos vampiros, desiste da cura dos desequilíbrios sexuais e cai vergonhosamente na aceitação desses casos como normais, estimulando as vitimas no desgaste desesperado de suas energias vitais, em favor do vampirismo. Não obstante, mesmo ignorando as causa profundas do fenômeno ameaçador, poderia ela contribuir para o socorro a essas criaturas, através de teorias equilibradas sobre os desvios sexuais. Ao invés de dar-lhe a falsa cidadania de normalidade, podiam os psiquiatras da libertinagem recorrer ás teorias da dignidade humana, que se não são espirituais, pelo menos defendem os direitos dos Espíritos. Mas preferem deixar-se envolver, que é mais fácil e mais rendoso, tornando-se os camelôs ilustres da homossexualidade, os protetores e incentivadores pseudocientíficos da depravação”.

     Para Herculano Pires, assim como para Jorge Andrea, a homossexualidade é doença, e a abstinência sexual e afetiva, obrigatória como tratamento...
O grande problema é que estas opiniões pessoais, embasadas nos conceitos da psicanálise e da psiquiatria da época viraram fontes de referencias e
são amplamente repetidas no movimento espírita, mesmo após as modificações das idéias pelas Associações de Psiquiatria e Psicologia Americana e Brasileira.homofobia
     Isso denota um posicionamento preocupante, o de afirmar o pensamento espírita baseado em eminências, e não em evidencias, as quais no caso, da ciência e filosofia espíritas, são obtidas pelo livre pensar, pela capacidade de se chegar ás próprias conclusões, a partir da analise das informações mediúnicas, e da lógica de cada uma delas em separado e em combinação com as demais informações da literatura espírita e cientifica.
     Nesse sentido, acrescenta o psiquiatra espírita Roberto Lúcio Vieira de Souza:

“Fica claro, para todos, que o tema esta longe de ter uma definição cientifica clara, o que abre espaço para as mais diversas abordagens, em especial para as que envolvem posturas filosóficas e religiosas de caráter preconceitos e repressor, complicando ainda mais a situação dos homossexuais. Surgem a partir de tais fatos, mais e mais quadros psicológicos de comprometimento importante, exigindo postura efetiva
e salutar dos profissionais que trabalham nesse campo”.


     Diante dos temas polêmicos e inconclusivos na Doutrina Espírita, que dizem respeito á experiência de cada um, e do desfio de se chegar ás próprias conclusões, amadurecer e individuarse, a sabedoria de Jung vem em auxilio do progresso dizendo:


“O progresso sempre começa quando um individuo só, consciente do seu isolamento, toma um novo caminho e passa por lugares nunca dantes percorrido.
E, para fazê-lo, cada um deve, antes de tudo, refletir sobre a realidade fundamental e sua vida sexual, prescindindo completamente de quaisquer autoridades
e de quaisquer tradições, para tornar consciente sua diversidade”.


     Síntese do capitulo 138, da obra Homossexualidade
sob a ótica do Espírito Imortal de Andrei Moreira, medico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Presidente da Associação Medico-Espírita de Minas Gerais, desde 2007. Autor dos livros “Cura e auto-cura, uma visão medico – espírita, O mundo dos Bonecos de papel, entre outros.

Um comentário:

  1. Para se compreender plenamente a homossexualidade se torna necessário compreender melhor a sexualidade. Até os meados do século passado as questões sexuais eram evitadas por causa de preconceitos. com o eclodir da REVOLUÇÃO SEXUAL houve uma quebra do preconceito, mas infeleimente se correu para o extremo oposto, indo da falta de liberdade para a libertinagem, ganhando o aspecto animal da sexualidade mais atenção do que o aspecto afetivo, emocional e amoroso, entregando a sociedade aos desvarios sexuais de toda a ordem.Hoje nós sabemos que grande parte dos homossexuais já nasceram com esta inversão de identidade sexual, porem existem outras causas como explica o Espírito Joanna de Angeles no livro ADOLESCÊNCIA E VIDA. Existem , tambem, pessoas que se entregam às praticas homossexuais, mesmo sem ter a sua identidade de gênero sexual invertida, sendo HETEROSSEXUAIS na sxualidade afetiva, psicologica, mas sentem prazer em usufruir de prazeres genitais com pessoas do mesmo sexo, sendo nesse aspécto da sexualidade pesoas bissexuais, porem são heterosexuias na SEXUALIDADE DO CORAÇÃO, onde só sentem atração sexual por pessoas do sexo oposto. Com isso queremos dizer que não podemos colocar todos os homossexuais no mesmo nível. Se usarmos o bom senso e a razão, sem dificuldade saberemos avaliar que uma pessoa que nasceu com a sua identidade de gênero sexual biológica de um determinado sexo, mas psiquicamente se ente do sexo oposto, sentindo em alguem do mesmo sexo o seu sexo oposto complementar, alguma coisa está funcionando errado, seja qual for a definição que queiramos dar a esse fenômeno da existencia humana. Se é doença psiquica, se é transtorno, se é desvio psicossexual, não importa o nome que dermos, o certo é que algo não está funcionando com deveria. Por exemplo: o pedófilo é considerado um enfermo, porque ele só consegue sentir atração sexual por crianças e não por adultos,e segundo a psiquiatria não existe cura, pois um pedófilo não pode deixar de ser o que é porque ele ja nasceu assim, mas eles tem direito a fazer tratamentos psicológicos, só os homossexuais são proibidos, mesmo que desejem fazer. Já o homossexual só consegue sentir atração sexual por pessoas do mesmo sexo. A diferença é que na pedofilia há uma violência contra a criança, e na homossexualidade o problema só atinge a eles mesmos envolvidos. Nós compreendemos a preocupação dos movimentos LGBT querer convencer a Sociedade que a homossexualidade é uma coisa igual a heterossexualidade, devido ao medo da HOMOFOBIA E DAS DISCRIMINAÇÕES E PRECONCEITOS SOFRIDOS, mas não achamos positivo mascarar a realidade.

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