domingo, 30 de junho de 2013

30/06/2002 - Desencarna o médium espírita Francisco Cândido Xavier

Chico_CafuCom 92 anos desta vida terrena, em que desenvolveu importante atividade mediúnica e filantrópica, e após grave pneumonia sofrida durante o ano de 2001, de que se recuperarava, desencarnou  no dia 30 de junho de 2002 em Uberaba, onde residia, no início da noite (19:30h). A causa do desencarne foi uma parada cardíaca, tendo sido atendido pelo médico Eurípedes Tahan Vieira. A USE manifestou, mais uma vez, a esse companheiro valoroso, nosso abraço fraternal.

Desde a infância, Francisco Cândido Xavier via e ouvia os espíritos, em especial o que fora sua mãe (era já orfão), o que o levou, na juventude, rumo ao espiritismo. A partir de 1932, Chico Xavier deu início a uma intensa atividade mediúnica.

Espíritos como Emmanuel, André Luiz e, mesmo, autores consagrados já desencarnados, como aqueles responsáveis pelos poemas do "Parnaso de Além-Túmulo" (Olavo Bilac e Castro Alves, entre outros), sua primeira obra psicografada, o acompanharam ao longo desses anos de produtivo trabalho.
Ao longo de quase 75 anos (que se completariam neste mês de Julho/2002), Chico Xavier foi intermediário (psicógrafo) de mais de 400 títulos.

Para o velório de Chico Xavier, que foi feito no Centro Espírita Casa da Prece, estavam sendo esperadas, além de representantes do movimento espírita brasileiro, autoridades, artistas e pessoas de todas as partes do País. A Polícia Militar de Minas Gerais estimava que pelo menos 200 mil pessoas passassem pelo velório. O então presidente da USE, Attílio Campanini, foi representando o movimento espírita paulista.

Várias ruas da vizinhança do Centro Espírita Casa da Prece foram interditadas ao tráfego de veículos. Um batalhão com mais de 100 policiais cuidaram da segurança e organização do velório. O sepultamento foi feito no Cemitério São João Batista, em Uberaba, amanhã, dia 02 de Julho, às 17:00h.

INFÂNCIA

Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo (MG), no dia 2 de abril de 1910.ChicoXavier3
Filho de operário inculto e de humilde lavadeira, ficou órfão de mãe aos cinco anos de idade.
Seu pai se viu obrigado a entregar alguns dos seus nove filhos aos cuidados de pessoas amigas e Chico Xavier ficou com sua madrinha, mulher nervosa que o maltratava cruelmente.
Nos seus momentos de angústia, um anjo de Deus, que fora sua mãe na Terra, o assistia, quando, desarvorado, orava nos fundos do quintal: "Tenha paciência, meu filho! Você precisa crescer mais forte para o trabalho.
E quem não sofre não aprende a lutar".
O menino aprendeu a apanhar calado, sem chorar.
Diariamente, à tarde, com vergões na pele e o sangue a correr-lhe em delgados filetes pelo ventre, ele, de olhos enxutos e brilhantes, se dirigia para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração.
Algum tempo depois, terminou seu martírio.
Seu pai casou-se novamente e sua madrasta, alma boa e caridosa, o recolheu carinhosamente, a ele e a todos os irmãos que estavam espalhados.
A situação era difícil.
A guerra acabara e graçava a gripe espanhola.
O salário do chefe da família dava escassamente para o necessário e os meninos precisavam estudar.
Foi então que a boa madrasta teve uma idéia: plantar uma horta e vender os legumes.
Em algumas semanas, o menino já estava na rua com o cesto de verduras. Desta forma, conseguiram encher o cofre e voltar a frequentar as aulas.

Em janeiro de 1919 Chico Xavier começou o ABC.
Com a saída do chefe da casa para o trabalho e das crianças para a escola, a madrasta era obrigada, algumas vezes, a deixar a casa a sós, pois precisava buscar lenha à distância.
Foi então que surgiu um problema: a vizinha, se aproveitando da ausência de todos, passou a colher a verduras e, sem verduras, não haveria dinheiro para as despesas da escola.
Preocupada, a madrasta, não querendo ofender a amiga, pediu a Chico Xavier que, pedisse um conselho ao espírito de sua mãe.
À tardinha, o menino foi ao quintal e rezou como fazia sempre que queria conversar com sua mãe e lhe contou o problema. Sua mãe lhe disse que realmente não deviam brigar com os vizinhos e lhe deu uma sugestão: toda vez que sua madrasta se ausentasse, que desse a chave de casa à vizinha, para que ela tomasse conta da casa.
Dessa forma, a vizinha, responsável pela casa, não tocou mais nas hortaliças.
Passados todos esses problemas, o menino não viu sua genitora com tanta frequência. Mas passou a ter sonhos.
À noite, levantava-se agitado e conversava com locutores invisíveis. De manhã, contava as peripécias de pessoas mortas, coisas que ninguém podia compreender!
O pai resolveu levá-lo ao vigário de Matozinhos, que, após ouvi-lo, recomendou que o garoto não lesse mais jornais, revistas, livros.
Disse-lhe que ninguém volta a conversar depois da morte e que era o demônio que lhe estava perturbando.
O menino chorava nos braços de sua madrasta, criatura piedosa e compreensiva.
Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros.
Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebidas em sonho, que ficasse em silêncio. Precisava aprender a obediência para que Deus, um dia, lhe concedesse a confiança dos outros.
E durante 7 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe. Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente à missa e acompanhava as procissões.

Em 1923 terminou o curso primário, no Grupo.
Levantava-se às seis da manhã para começar, às sete, as terefas escolares e entrando para o serviço da fábrica às três da tarde, para sair às onze da noite.
Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das seis e meia da manhã às oito da noite.
As perturbações noturnas continuaram.
Depois de dormir, caía em transe profundo.
Em 1927 uma de suas irmãs caiu doente.
Um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar na casa.
Na mesa, dois livros: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec.
Pela mediunidade de D. Carmem, sua mãe manifestou-se: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos. "
A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade psicográfica foi D. Rosália. Fazia passeios campestres com os alunos que deveriam, no dia seguinte, levar-lhe uma composição, descrevendo o passeio. A de Chico tirava sempre o primeiro lugar.
Desconfiada, D. Rosália, um dia, fez o passeio mais cedo e, na volta, pediu que os alunos fizessem a composição em sua presença. Chico, novamente, tira o primeiro lugar, escrevendo uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas.
Rosália mostrou aos amigos íntimos a composição e todos foram unânimes em reconhecer que aquilo, se não fora copiado, era então dos espíritos.

ATIVIDADES MEDIÚNICOS EM PEDRO LEOPOLDO

Ao entrar para o funcionalismo público, como datilógrafo, na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, começa a demonstrar sua admiração pela natureza. Distante 6 quilômetros da cidade, em contato com a natureza, ama até as pedras e os montes pensativos.
Vê em tudo poesia e oração, trata as árvores como irmãs e compreende como poucos a alma do grande todo. Vê em tudo poesia e vida, verdade e luz, beleza e amor e, acima de tudo, a presença de Deus!

Em maio de 1927 foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo.
Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário.
Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem frequentado. As reuniões se realizavam às segundas e sextas-feiras.
A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, genitora de Chico Xavier.
Em 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público.
Seu primeiro livro psicografado foi publicado em 1931.
Em 1931, Chico passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além -Túmulo", que foi lançado em julho de 1932.
Em 1950, Chico Xavier havia recebido, pela sua psicografia, mais de 50 ótimos livros.
Vivia no apogeu de triunfos mediúnicos.
Estava conhecidíssimo no Brasil e no mundo inteiro.
O Parnaso de Além Túmulo, por si só, valia pelo mais legítimo dos documentos, validando-lhe o instrumental mediúnico, o mais completo e seguro que o Espiritismo tem tido para lhe revelar as verdades, inclusive o intercâmbio das idéias entre os dois Mundos.
Além disso, recebera romances , livros e mais livros, versando assuntos filosóficos, científicos e, sobretudo, realçando o espírito da letra dos Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as Lições consoladoras e imortais do Livro da Vida.

tunulo_chico_02ATIVIDADES MEDIÚNICAS EM UBERABA

Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã.
Deu ele, então, início à famosa perigrinação. Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", o bondoso médium visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas afinizadas. Sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia à frente, iluminando as escuras ruas da periferia, ia contando fatos de grande beleza espiritual.
A cidade de Uberaba, desde a sua vinda para cá, transformou-se num pólo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior, que aqui aportam com o objetivo de conhecer o médium.
Aqueles que conhecem a sua vida e a sua obra não medem distâncias para vê-lo.
Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico serviço do esclarecimento e reconforto pessoais aos que o procuram.
Os direitos autorais de seus livros publicados, em torno de 340, são cedidos, gratuitamente, às editoras espíritas ou a quaisquer outras entidades. Quanto à fortuna material, ele continua tão pobre quanto era. Chico é um homem aposentado e recebe somente os proventos de sua aposentadoria. Do ponto de vista espiritual, Chico Xavier é, a cada dia que passa, um homem mais rico: multiplicou os talentos que o Senhor lhe confiou, através de seu trabalho, de sua perseverança e da sua humildade em serviço. Com a saúde debilitada, Chico Xavier vem confirmando, nos últimos tempos, a sua condição de um autêntico missionário do Cristo, pois impossibilitado de comparecer às reuniões do Grupo Espírita da Prece, ele tem reunido as forças que lhe restam para continuar, em casa, a tarefa da psicografia. E, embora debilitado, continua de ânimo firme e a alma com grande capacidade de trabalho.
Chico Xavier ama a tarefa que o Senhor lhe concedeu.

Homenagem necessária

O “papa” do espiritismo morreu num dia em que o Brasil só queria festejar. Por razões para lá de compreensíveis, a conquista do Penta ofuscou reflexões sobre o que Chico Xavier significou para um País de 2,34 milhões de espíritas declarados e de 20 milhões de simpatizantes da religião. Na data do sepultamento do médium em Uberaba (MG), também foi o dia em que os brasileiros vibraram com as cambalhotas de Vampeta no Palácio do Planalto e que multidões se aglomeraram em Brasília e no Rio para ver a seleção passar. CHICO - ADEUS

Na cidade mineira (Uberaba) de 251 mil habitantes,  aconteceu o oposto do que se viu no resto do País. O pentacampeonato foi ofuscado pelo adeus ao senhor dos espíritos.

domingo, 16 de junho de 2013

Campanha do brinquedo Vovó Flozina Luiza 2013 pede doações!

 

Meus queridos irmãos em Jesus.

Escrevo em nome do projeto “CAMPANHA DO BRINQUEDO VOVÓ FLOZINA LUIZA”, um projeto social que tem como objetivo arrecadar brinquedos novos e/ou usados (em boas condições), para serem amplamente doados no dia 12 de outubro às crianças carentes de nossa querida cidade Monte Carmelo, MG. DSC04908

Para atingir tal objetivo, nos empenhamos em buscar apoio.

Somos (minha esposa Fernanda e eu) criadores  e responsáveis por esta campanha.

Residimos aqui em Uberaba,  porém escolhemos realizar esta campanha em Monte Carmelo, por ser a nossa terra natal e o vínculo afetivo que mantemos com todos.

Em outubro de 2008, iniciamos essa campanha, e de início a nossa meta, era arrecadar no mínimo 600 brinquedos, e conseguimos 670 unidades.

Até o ano de 2012 foram arrecadados aproximadamente 4000 brinquedos. Esperamos que neste ano, possamos atingir a quantidade de no mínimo 1000 unidades.

Sabemos que essa meta é de grande importância para trazer impactos positivos em forma de sorrisos sinceros, para nossas crianças carmelitanas, e recebermos também um pouco de bençãos espirituais, e agradeceríamos muito o apoio de todos vocês.

Istefani Soares FerreiraNós já começamos uma campanha de captação para este ano aqui em Uberaba e aí em Monte Carmelo, visto que mais de 95% dos doadores são uberabenses e carmelitanos, aceitando doações de todos que possam interessar, pois esperamos arrecadar além dos brinquedos, uma quantidade financeira, para que assim possamos comprar lanches (para distribuir a todos que ficam na fila de espera), 01 Fantasia de Palhaço (pois teremos uma pessoa responsável para alegrar a todos enquanto esperam e durante a distribuição) e quem sabe comprar ou conseguir alugar uma máquina de fazer algodão doce.

Por este motivo, solicitamos a ajuda de todos, trabalhadores autônomos, empresários.

Vejam bem, não estamos pedindo valor em dinheiro, mas sim, brinquedos, o que torna nossa campanha mais séria, pois sei como é difícil para muitas pessoas doarem dinheiro em espécie.

Os valores financeiros nós pedimos aos nossos familiares e aquelesPICT1770 que já conhecem pessoalmente e acreditam na seriedade e idoneidade da campanha.

Agradeço-lhes desde já a atenção recebida, e esperamos que considerem nosso pedido de doação.

Por favor, nos ajudem, precisamos muito de todos vocês.

Se possível divulguem este projeto aos seus contatos, blogs, sites, redes sociais.

Aqueles que mesmo assim, desejarem realizar doações financeiras, os dados para depósito são:

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

AGÊNCIA: 0709 (MONTE CARMELO)

OPERAÇÃO: 013

CONTA POUPANÇA: 55608*0

EM NOME DE: RAFAELLY LUIZA ALVES DE SOUZA

Caso tenham alguma dúvida, ou precisarem de maiores informações, sintam-se à vontade para entrarem em contato comigo, e se preferirem, participem de nossa distribuição, será um prazer tê-los em nossa instituição.

Acessem o link abaixo e leiam uma das reportagens sobre nossa humilde campanha:

http://www.jornalnoticiaregional.com.br/noticias/morador-de-uberaba-realiza-campanha-do-brinquedo-vovo-flozina-luiza-para-criancas-carmelitanas/

DSC04924Agradeço-lhes desde já, a atenção recebida.

Abraços cordiais, muita luz e paz.

Recebam todos, o nosso MUITO OBRIGADO!!!

William Alves de Oliveira

Uberaba, MG.

jornal.espirita@hotmail.com

sábado, 15 de junho de 2013

Mensagem psicografado de Sérgio Reoli – Baterista dos Mamonas Assassinas

 

Mamãe Dimarice, Papai Francisco,

     É melhor sentir que estamos vivendo um daqueles momentos de alegria sergionos cômodos de nossa casa. Assim devo chamá-los de Nena e papai Ito.

     Sr. Ito, pai, amigo, irmão, preciso esclarecer que estávamos certos de cumprir mais um compromisso.

     Saímos de Brasília certos de poder chegar em nossa casa sem dificuldade. O que fazíamos pode passar ou pode fazer com que passe pelas cabeças idéias infelizes. Nos acomodamos no avião, sem qualquer atitude que pudesse provocar qualquer transtorno, eu, o Sam, o Dinho, o Júlio e o Bento. Nos sentíamos cansados e falávamos sobre isso. Sei que ainda rola papos infelizes na tentativa de buscar falhas em quem não as têm.

     Não estou trazendo qualquer notícia contra o comandante Jorge ou contra a Torre. Não me cabe condenar sem conhecer os verdadeiros fatos. Eu e o Samuel, nosso Sam, temos aprendido que Deus precisa dos filhos e resolveu chamá-los. Não fique imaginando dor que não sentimos. Ficamos sim, assustados quando colocamos os pés no chão da realidade; aí já viu, foi como perder tudo. Não nos incomodava a perda do sucesso, das atenções, do destino, mas a ausência daqueles que sempre desejamos manter ao nosso lado. Graças a Deus, aquela carretagem total no momento do susto maior terminou.

     O que fazer, papai Ito? Estamos vivos e podemos encontrá-lo. Sabemos que caminhamos num tempo difícil, num tempo de lágrimas e dúvidas, mas vamos vencer mais essa.

     Afinal, eu sei que vocês confiam na minha coragem.

     (…) Devo voltar ao assunto do acidente, confirmando que nos assustamos quando notamos que estávamos aterrisando. Não nos passou em momento algum que algo de errado pudesse estar acontecendo e todos confirmamos que somente nos foi possível escutar o estrondo e daí foi como se estivéssemos esquecidos de nós mesmos, porque nada sentimos, nada vimos.

     Há poucos dias é que nos foi dado saber das condições que ficaram os corpos. Aprendemos que eram eles roupas que nos vestiam e que se estragaram naquele momento (…)

     Dona Nena, não fique tão preocupada. Nós nos amamos, mãe.

     Imaginemos o encontro de Nossa Senhora com Jesus. Um dia a gente vai se encontrar e vamos ver esse tempo como necessário.

     A saudade é muita. Quero agradecer a todos que não nos têm esquecido e aos quais pedimos lembrar de minha família com suas orações, porque sei que serão capazes de compreender o sofrimento dos meus.

     Quanto aos que ainda persistem no pensamento infeliz de que falamos e cantamos tantas besteiras e que foi essa a causa de nossa morte, ficamos pensando: se bobagens ditas matassem, a Terra já não mais estaria habitada. (…)

     Abraços a todos com eterno agradecimento e que não pensem que estaremos aqui sem vontade alguma de sermos felizes. Filhos de Deus que somos não nos deve faltar vontade de alegria.

     (…) Lembrança de carinho a todos.

     Quando Deus me permitir, volto a escrever.

                Sérgio Reis de Oliveira (Reoli)

 

Mensagem psicografada pelo médium Celso de Almeida Afonso, em novembro de 1996, em Uberaba, MG.

Esta foi a primeira mensagem enviada pelo músico, que faleceu vítima da queda do avião que transportava o grupo de Brasília para São Paulo, em março/1996.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Contato para palestras espíritas…

    Palestrante_Dia-do-Palestrante_Verdades-e-Mentiras

 Gostaríamos de comunicar aos irmãos em Jesus, que os interessados em agendarem palestras espíritas com o orador William Alves de Oliveira da cidade de Uberaba, MG, favor entrarem em contato apenas via e-mail: jornal.espirita@hotmail.com

segunda-feira, 3 de junho de 2013

II CONSEDI–Divinópolis, MG.

 

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O Espiritismo e a homossexualidade

“Eu sei, e estou certo no senhor Jesus que nada é de si mesmo impuro, a não ser para aquele que assim o considera; para esse é impuro”. Paulo de Tarso - (Rm 14:14).

 

     imagesVale a pena conhecer, para melhor avaliar, o contexto científico em que se formam as opiniões a respeito da homossexualidade de eminentes e respeitáveis pesquisadores e estudiosos espíritas, que se tornaram referencia no tema.
     O psiquiatra Jorge Andrea e o jornalista Herculano Pires são dois espíritas que se fizeram destacados pelos seus trabalhos notáveis em variados temas.
Jorge Andrea é autor do excelente livro As forças Sexuais da Alma, que, apesar de trazer um trabalho riquíssimo em relação ao psiquismo e a energia sexual,
traz igualmente opiniões incisivas e questionáveis do autor a respeito da homossexualidade.
     Ele afirma com opinião pessoal, que a homossexualidade é um “desvio patológico”, e a pratica sexual homossexual uma pratica deformada, com seqüelas doentias para o psiquismo”. Aconselha
como tratamento a “castidade” absoluta e o direcionamento das energias para trabalhos construtivos”.
     Andrea nasceu em 1916, e o livro em questão vem á luz em 1987, sendo apresentadas subliminarmente as teorias da escola psicanalítica e psiquiátrica da época de sua formação acadêmica, que considerava o homossexualidade como doença. Ao abrir o capitulo sobre o tema, ele anota: No terceiro grupo do homossexualismo, o ponto de interesse cientifico é a conotação patológica.
     Mais adiante afirma: O homossexual, pela condição patológica, é um sofredor por excelência e pelas “emoções esgarçadas” é um solitário”, o que
esta em pleno acordo com as posições dos psiquiatras e psicanalistas Bieber e Bergler, da velha escola, citado anteriormente.
     Naturalmente, competente como é, as idéias de Jorge Andrea estavam embasadas no conhecimento cientifico da época, embora não use citações em sua obra.
     Herculano Pires, um dos estudiosos mais respeitáveis na historia do Espiritismo, expressou opiniões fortes e pessoais a respeito da homossexualidade, na mesma época e no mesmo conteúdo histórico. Para ele, a maioria dos casos de homossexualismo, (ele usou este termo, o termo médico) esta ligada á obsessão e particularmente ao vampirismo:


“A psiquiatria materialista, impotente diante da enxurrada, incapaz de perceber a ação parasitaria dos vampiros, desiste da cura dos desequilíbrios sexuais e cai vergonhosamente na aceitação desses casos como normais, estimulando as vitimas no desgaste desesperado de suas energias vitais, em favor do vampirismo. Não obstante, mesmo ignorando as causa profundas do fenômeno ameaçador, poderia ela contribuir para o socorro a essas criaturas, através de teorias equilibradas sobre os desvios sexuais. Ao invés de dar-lhe a falsa cidadania de normalidade, podiam os psiquiatras da libertinagem recorrer ás teorias da dignidade humana, que se não são espirituais, pelo menos defendem os direitos dos Espíritos. Mas preferem deixar-se envolver, que é mais fácil e mais rendoso, tornando-se os camelôs ilustres da homossexualidade, os protetores e incentivadores pseudocientíficos da depravação”.

     Para Herculano Pires, assim como para Jorge Andrea, a homossexualidade é doença, e a abstinência sexual e afetiva, obrigatória como tratamento...
O grande problema é que estas opiniões pessoais, embasadas nos conceitos da psicanálise e da psiquiatria da época viraram fontes de referencias e
são amplamente repetidas no movimento espírita, mesmo após as modificações das idéias pelas Associações de Psiquiatria e Psicologia Americana e Brasileira.homofobia
     Isso denota um posicionamento preocupante, o de afirmar o pensamento espírita baseado em eminências, e não em evidencias, as quais no caso, da ciência e filosofia espíritas, são obtidas pelo livre pensar, pela capacidade de se chegar ás próprias conclusões, a partir da analise das informações mediúnicas, e da lógica de cada uma delas em separado e em combinação com as demais informações da literatura espírita e cientifica.
     Nesse sentido, acrescenta o psiquiatra espírita Roberto Lúcio Vieira de Souza:

“Fica claro, para todos, que o tema esta longe de ter uma definição cientifica clara, o que abre espaço para as mais diversas abordagens, em especial para as que envolvem posturas filosóficas e religiosas de caráter preconceitos e repressor, complicando ainda mais a situação dos homossexuais. Surgem a partir de tais fatos, mais e mais quadros psicológicos de comprometimento importante, exigindo postura efetiva
e salutar dos profissionais que trabalham nesse campo”.


     Diante dos temas polêmicos e inconclusivos na Doutrina Espírita, que dizem respeito á experiência de cada um, e do desfio de se chegar ás próprias conclusões, amadurecer e individuarse, a sabedoria de Jung vem em auxilio do progresso dizendo:


“O progresso sempre começa quando um individuo só, consciente do seu isolamento, toma um novo caminho e passa por lugares nunca dantes percorrido.
E, para fazê-lo, cada um deve, antes de tudo, refletir sobre a realidade fundamental e sua vida sexual, prescindindo completamente de quaisquer autoridades
e de quaisquer tradições, para tornar consciente sua diversidade”.


     Síntese do capitulo 138, da obra Homossexualidade
sob a ótica do Espírito Imortal de Andrei Moreira, medico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Presidente da Associação Medico-Espírita de Minas Gerais, desde 2007. Autor dos livros “Cura e auto-cura, uma visão medico – espírita, O mundo dos Bonecos de papel, entre outros.